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Setor imobiliário precisa de mais ajuda, diz conselheiro de Bush

Por JEREMY PELOFSKY
Atualização:

Mais medidas do Congresso e do governo Bush são necessárias para estabilizar o mercado imobiliário norte-americano que atravessa forte crise, afirmou um importante assessor da presidência dos Estados Unidos. No mês passado, o presidente norte-americano, George W. Bush, revelou um plano para ajudar alguns proprietários de imóveis a evitar a execução de seus contratos de empréstimos pois cerca de 1,8 milhão de hipotecas com juros baixos sofrerão incidência de taxas maiores este ano. Ed Gillespie, conselheiro de Bush, lembrou esforços promovidos pelo Congresso para recuperar o programa federal de administração de moradias (FHA, na sigla em inglês) desenvolvido em 1934 em meio ao período da Grande Depressão para tornar imóveis mais acessíveis. Membros do Congresso dos EUA estão tentando trabalhar na criação de um plano de compromisso para ajudar o setor em crise. "Há mais a ser feito no front da moradia para resolver as preocupações das pessoas sobre o mercado imobiliário, incluindo uma reforma do FHA e outras reformas que o presidente tem pedido", disse Gillespie a jornalistas a bordo do avião presidencial norte-americano que levou Bush de volta de seu rancho no Texas, onde passou o fim de semana. "Acreditamos que há uma oportunidade para um consenso bipartidário sobre esse assunto." Uma idéia que tem sido considerada pelo governo e pelo Congresso do país é permitir que as companhias administradoras de hipotecas Fannie Mae e Freddie Mac comprem financiamentos acima do atual teto de 417 mil dólares, hipotecas conhecidas como empréstimos jumbo, disse o assessor. Dados divulgados na sexta-feira mostraram que as vendas de novas moradias caíram 9 por cento em novembro, para o menor índice em mais de 12 anos. Enquanto isso, números liberados na segunda-feira mostraram que as vendas de residências existentes cresceram levemente no mesmo mês. Gillespie fez questão de deixar claro que o governo não ajudará investidores que fizeram apostas arriscadas. "Você tem que definir uma linha clara para separar aqueles que se encontraram em uma situação difícil e talvez não perceberam na época a situação para onde estavam rumando, daqueles que se engajaram em especulação", disse Gillespie. Com os crescentes rumores sobre uma possível recessão, o conselheiro de Bush disse que a Casa Branca está vendo atentamente os dados econômicos e que não descartou a idéia de um pacote de estímulo como recomendado por alguns importantes economistas.

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