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Setor privado da Alemanha contrai pelo 3o mês seguido--PMI

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Por Redação
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O setor privado da Alemanha encolheu pelo terceiro mês seguido em julho, sugerindo que a maior economia da Europa pode contrair no terceiro trimestre, após uma provável queda no segundo, à medida que o país sente os efeitos da crise da dívida que está tragando boa parte da Europa. O Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) Composto do instituto Markit caiu para 47,3 este mês ante 48,1 em junho, de acordo com estimativa preliminar divulgada nesta terça-feira, abaixo da marca de 50 que separa crescimento de contração, indicando, portanto, uma queda da atividade empresarial. Essa foi a taxa mais rápida de declínio desde o pico da crise financeira em junho de 2009, e vem com novos negócios, tanto no setor industrial como no de serviços, mostrando fraqueza diante dos obstáculos enfrentados no bloco monetário. Os números sugerem que o Produto Interno Bruto (PIB) da Alemanha contraiu 0,1 por cento no segundo trimestre, de acordo com o economista-chefe do Markit, Chris Williamson. "Há um quadro muito claro na Alemanha de que as condições estão realmente se deteriorando de forma muito significativa, especialmente na indústria, e isso é um sintoma da continuidade da fraqueza nas demandas doméstica e de exportação", disse ele em entrevista por telefone. A economia da Alemanha encolheu 0,2 por cento no último ano, antes de ganhar força e salvar a zona do euro da recessão ao crescer 0,5 por cento nos primeiros três meses deste ano, mas o país divulgou uma série de dados decepcionantes em junho, e os dados de julho têm sido mistos. Berlim espera que o crescimento econômico desacelere no segundo trimestre e vê crescimento moderado para o restante do ano, enquanto o Bundesbank, o banco central do país, espera que a economia cresça moderadamente no segundo trimestre, mas afirmou que havia grandes incertezas sobre as perspectivas econômicas. Williamson disse que a pesquisa PMI sugere que é provável que o motor econômico da Europa também tenha contração no terceiro trimestre, uma vez que a crise da zona do euro piora, o que aumenta as incertezas e deixa as empresas mais cautelosas. O índice PMI do setor industrial caiu para 43,3 ante 45,0 no mês passado, bem abaixo do consenso das estimativas da pesquisa da Reuters com 32 economistas de que o índice subiria para 45,3 e não alcançando até mesmo a menor estimativa de uma queda para 44,5. A produção industrial foi a mais fraca em pouco mais de três anos, enquanto novas encomendas na indústria manufatureira encolheram no ritmo mais rápido desde abril de 2009. O setor de serviços teve um resultado um pouco melhor, com a atividade empresarial encolhendo no ritmo mais rápido desde setembro, com uma leitura de 49,7 comparada com 49,9 no ano passado, caindo abaixo do consenso das estimativas com 30 economistas para uma leitura neutra de 50,0. (Reportagem de Michelle Martin)

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