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Setor público tem pior junho em 16 anos

Setor público consolidado (Governo Central, Estados, municípios e estatais, com exceção de Petrobrás e Eletrobrás) apresentou déficit primário de R$ 19,552 bilhões

Por Fabrício de Castro
Atualização:

BRASÍLIA - Em meio às dificuldades do governo na área fiscal, o setor público consolidado (Governo Central, Estados, municípios e estatais, com exceção de Petrobrás e Eletrobrás) apresentou déficit primário de R$ 19,552 bilhões em junho, informou o Banco Central. Em maio, havia sido registrado déficit de R$ 30,736 bilhões e, em junho de 2016, um déficit de R$ 10,061 bilhões. O resultado primário consolidado do mês passado ficou perto do teto das estimativas de analistas do mercado financeiro ouvidos pelo Projeções Broadcast, que iam de déficit de R$ 35,2 bilhões a déficit de R$ 19,2 bilhões. A mediana estava negativa em R$ 20,500 bilhões. O déficit primário de R$ 19,552 bilhões em junho é o pior resultado para o mês desde o início da série histórica, iniciada em dezembro de 2001. 

Municípios tiveram resultado negativo de R$ 107 milhões Foto: Marcos Santos|USP Imagens

+ Governo planeja reduzir benefícios de servidores do Executivo O resultado fiscal de junho foi composto por um déficit de R$ 19,937 bilhões do Governo Central (Tesouro, Banco Central e INSS). Os governos regionais (Estados e municípios) influenciaram o resultado positivamente com R$ 240 milhões no mês. Enquanto os Estados registraram um superávit de R$ 346 milhões, os municípios tiveram resultado negativo de R$ 107 milhões. Já as empresas estatais registraram superávit primário de R$ 145 milhões.  + Desemprego fica em 13% no trimestre encerrado em junho O déficit primário do setor público consolidado considerado pelo Banco Central é de R$ 143,1 bilhões para 2017, parâmetro que consta na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO). Essa projeção leva em conta um rombo de R$ R$ 139,0 bilhões para o Governo Central em 2017. Nesta semana, porém, aumentaram as especulações em Brasília e no próprio mercado financeiro em torno da possibilidade de alteração da meta deste ano. Isso porque os resultados fiscais têm frustrado o governo, que está com margem apertada para cumprir a meta.

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