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Setor público tem superávit primário de R$ 3,5 bilhões

Por CÉLIA FROUFE E EDUARDO CUCOLO
Atualização:

Depois de registrar um surpreendente superávit de R$ 30,251 bilhões em janeiro e um déficit primário de R$ 3,03 bilhões em fevereiro, o setor público consolidado (governo central, governo regionais e empresas estatais, com exceção de Petrobras e Eletrobras) registrou, segundo o Banco Central (BC), um superávit primário de R$ 3,5 bilhões em março. O resultado ficou acima da mediana de R$ 3,050 bilhões obtida pelas estimativas colhidas pelo AE Projeções com analistas do mercado financeiro. O intervalo variava de superávit de R$ 2 bilhões a R$ 6,1 bilhões. Segundo o BC, a maior parte do superávit do mês passado foi gerada pelos governos regionais, que contribuíram com um superávit de R$ 2,143 bilhões. O governo central encerrou o período com saldo positivo de R$ 1,059 bilhão e as empresas estatais tiveram um superávit de R$ 298 milhões. O BC informou também que no primeiro trimestre do ano o superávit primário do setor público foi de R$ 30,720 bilhões, o equivalente a 2,72% do Produto Interno Bruto (PIB). Em igual período de 2012 essa fatia estava em 2,38% do PIB. No acumulado de 12 meses até março o saldo é de R$ 89,699 bilhões. Este ano, o compromisso do governo é de economizar R$ 155,9 bilhões para pagar os juros da dívida.JurosO setor público consolidado gastou R$ 19,359 bilhões em março com juros reais, uma ligeira queda em relação ao gasto de R$ 20,251 bilhões de fevereiro deste ano e também em relação aos R$ 21,037 bilhões de março de 2012. O governo central teve no mês passado um gasto com juros de R$ 15,413 bilhões. Já os governos regionais registraram uma despesa de R$ 3,762 bilhões e as empresas estatais, de R$ 184 milhões.No acumulado do ano, o gasto com juros do setor público consolidado soma R$ 62,259 bilhões, equivalentes a 5,51% do PIB. O gasto com juros em 2013 está acima do verificado no mesmo período de 2012 em termos nominais (R$ 58,968 bilhões). Nos últimos 12 meses encerrados em março, a despesa chega a R$ 217,154 bilhões, ou 4,83% do PIB.Déficit nominalEm março, o déficit nominal do setor público consolidado atingiu R$ 15,859 bilhões, recuo em relação a fevereiro, mês em que o déficit foi de R$ 23,282 bilhões. Em março do ano passado, o resultado foi negativo em R$ 10,595 bilhões. No mês passado, o governo central registrou déficit nominal de R$ 14,353 bilhões, enquanto os governos regionais tiveram déficit de R$ 1,619 bilhão. Já as empresas estatais registraram superávit nominal no período, de R$ 113 milhões. No acumulado do ano, o déficit nominal foi de R$ 31,539 bilhões (2,79% do PIB). No mesmo período de 2012, estava em R$ 12,995 bilhões (1,26% do PIB). Nos 12 meses encerrados em março deste ano, o déficit nominal está em R$ 127,455 bilhões, ou 2,83% do PIB.Dívida líquidaA dívida líquida do setor público caiu para 35,5% do PIB em março, atingindo a marca de R$ 1,596 trilhão. Em fevereiro, estava em 35,6%. A desvalorização cambial de 1,9% no mês contribuiu para esse resultado, segundo o BC.No ano, a relação dívida/PIB cresceu 0,3 ponto porcentual. Contribuíram para essa elevação, diz o BC, a valorização cambial de 1,5% no ano (0,2 ponto porcentual) e o ajuste de paridade da cesta de moedas, com 0,1 ponto porcentual.Em sentido contrário, o superávit primário contribuiu para a redução da relação em 0,7 ponto porcentual e o crescimento do PIB corrente, com 0,8 ponto porcentual. Em dezembro do ano passado, a dívida estava em 35,2% do PIB.Os dados do BC mostram ainda que a dívida bruta do governo geral fechou o mês de março em 59,2% do PIB, ante 59,1% de fevereiro. No mês passado, a dívida bruta somou R$ 2,663 trilhões.

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