
14 de março de 2014 | 02h08
A empresa, que faz a intermediação das transações de compra e venda de energia, vai captar R$ 8 bilhões no mercado e repassará às distribuidoras. A dúvida é: "Quem vai financiar a Câmara no meio de todo esse turbilhão no setor", questionou um executivo do setor, que prefere não se identificar. "A resposta pode estar no Banco do Brasil e na Caixa", responde ele.
Outra dúvida refere-se ao leilão que será realizado em abril para diminuir a descontratação das distribuidoras. Para convencer os geradores a vender energia, o preço terá de ser bem melhor que o de dezembro do ano passado (R$ 190 o MWh). Mas, se elevar muito, o governo também pressionará a tarifa. Hoje a Petrobrás tem energia descontratada em térmicas.
A expectativa do mercado antes do anúncio era de que o governo decidisse adotar as bandeiras tarifárias (sistema que permite transferir, imediatamente, para o consumidor aumentos no custo da energia) neste ano. "Mas as medidas têm o objetivo de não impactar a tarifa neste momento", afirma o diretor da comercializadora Comerc, Cristopher Alexander Vlavianos. Nos cálculos dele, as bandeiras dariam acréscimo mensal de cerca de R$ 1 bilhão no caixa das distribuidoras.
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