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Shoppings encontram brecha para resgatar sorteios

Por Agencia Estado
Atualização:

Motivados pelos bons resultados das promoções e sorteios de prêmios nas datas comerciais, alguns shoppings conseguiram encontrar uma brecha neste fim de ano para resgatar a prática, que foi praticamente inviabilizada pelo Ministério da Fazenda. A estratégia agora é trocar as notas fiscais de compras por títulos de capitalização numerados que depois podem ser sorteados. O shopping D.Pedro I, de Campinas (interior de SP), controlado pela Sonae Imobiliária, vai dar cinco veículos EcoSport no Natal. O shopping Metrópole (São Bernardo do Campo), do mesmo grupo, sorteará dois veículos, do mesmo modelo. O West Plaza, em São Paulo, vai distribuir vales-compra, também por meio do título de capitalização. Já o Osasco Plaza vai usar a saída adotada ano passado por algumas empresas de realizar um concurso de frases, cujos vencedores ganhariam prêmios em compras. Em Curitiba, o shopping Mueller fará o sorteio de um automóvel BMW, mas estará ancorado por resolução do serviço de loterias do Paraná. O shopping Butantã, na zona oeste de São Paulo, dará um carro para quem doar mais alimentos, que serão destinados a instituições filantrópicas. Portaria dificulta sorteios O sorteio de prêmios pelos shoppings tornou-se raro desde 2000, quando o assunto saiu da esfera do Ministério da Justiça e passou a ser regido pelo Ministério da Fazenda. Em outubro daquele ano, a Secretaria de Acompanhamento Econômico (Seae) divulgou a portaria nº 90 que não proibia a prática, mas a dificultava, pois o governo atrelou a licença para sorteios à legalidade das lojas dos empreendimentos com relação ao recolhimento de tributos. Ou seja, só poderiam fazer sorteios os shoppings cuja totalidade de lojistas estivessem absolutamente em dia com os impostos. Por isto, os sorteios sumiram dos shoppings. O resgate da tática agora, com modificações, tem a mesma motivação da sofisticação cada vez maior das decorações de Natal: elevar as vendas, sobretudo em um ano de vacas magras como o de 2003. O Natal é a data mais importante do comércio e os lojistas não medem esforços para aproveitar este aquecimento. O mês de dezembro representa em média entre 15% e 20% do faturamento anual. De acordo com um levantamento feito pela Associação Brasileira de Shopping Centers (Abrasce), as cifras deste ano - algo em torno de R$ 1,1 milhão na média em campanhas e ambientação estão um pouco acima do que se gastou em 2002 (o porcentual exato não é conhecido, pois no ano passado o estudo não foi feito).

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