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Siderúrgicas européias prontas para a retaliação

Por Agencia Estado
Atualização:

O diretor de Relações Internacionais da Confederação Européia das Industrias do Ferro e Aço (Eurofer), Christian Mari, declarou à Agência Estado, em Bruxelas, que a União Européia também vai adotar cotas e tarifas para as importações do aço pelo mercado europeu, caso as medidas norte-americanas nesse sentido se confirmem. "Temos que tomar uma medida urgente para proteger nossas siderúrgicas, a partir do momento que as importações de países estrangeiros aumentaram em 4 vezes nos últimos três anos", disse Mari. Christian Mari confirmou que a Confederação já conversou com as autoridades européias e fechou uma proposta de retaliação, que será divulgada logo em seguida à confirmação oficial das restrições americanas pelo presidente George W. Bush. "Nem as siderúrgicas européias, nem a União Européia aceitará a decisão americana", disse. "Esta medida é unilateral tomada de uma forma inadequada à situação mundial que vivemos hoje", declarou Mari. A União Européia é o maior produtor de aço do mundo, com uma produção de 161 milhões de toneladas/ano, seguida pela China, Japão e Estados Unidos. Os maiores produtores, entre os 15 países da União, são Alemanha, Itália, França e Portugal. A Comissão Européia declarou hoje que seu presidente, o italiano Romano Prodi, escreveu nesta segunda-feira ao presidente Bush. "Se os Estados Unidos tomam medidas contra importações, particularmente impõem tarifas sobre as importações, a União Européia não terá outra opção senão reagir", afirmou o porta-voz da presidência, Jonathan Faull. A União Européia recusa comparações da crise da indústria do aço norte-americana com os subsídios europeus concedidos para ajudar a reestruturar o setor europeu de aço nos anos 70 e 80. Prodi escreveu em sua carta, segundo Faull: "... em 1970 e 1980, por exemplo, nós tomamos uma série de medidas, incluindo apoio público às indústrias para racionalizar sua capacidade, e mesmo assim mantivemos o mercado europeu aberto".

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