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SIG Combibloc vai investir mais R$ 100 mi no Brasil

Fabricante de embalagens cartonadas vai instalar no País sua primeira linha de laminação

Por André Magnabosco
Atualização:

A SIG Combibloc, concorrente da Tetra Pak no mercado de embalagens cartonadas, vai investir mais R$ 100 milhões no Brasil. Depois de anunciar, no ano passado, a expansão da unidade de Campo Largo (PR), menos de seis meses após o início das operações locais, a companhia parte agora para a instalação no País de sua primeira linha de laminação. O projeto permitirá à fabricante nacionalizar uma etapa do processo de produção de embalagens longa vida. A decisão tomada há poucas semanas também deverá beneficiar empresas nacionais das áreas de papel, plástico e alumínio, potenciais fornecedoras da SIG. De acordo com o diretor-presidente da SIG Combibloc América do Sul, Ricardo Rodriguez, a unidade de laminação, onde as matérias-primas são convertidas no material que compõe a embalagem cartonada, vai operar a partir de meados de 2014. "Com este projeto, vamos ultrapassar 100 milhões em investimentos na unidade do Paraná até 2014", disse, em entrevista à Agência Estado.O montante já supera a previsão inicial da companhia, de aportar 90 milhões no Paraná. Outra diferença é o prazo do investimento. Inicialmente, a SIG pretendia injetar o total até 2016, mas o projeto foi antecipado em dois anos por causa da expansão da demanda doméstica. Nesse escopo estava a linha de laminação, cujo cronograma também previa operações apenas em 2016.O primeiro passo da SIG no Brasil foi dado em junho do ano passado, com a unidade paranaense preparada para produzir 1 bilhão de unidades anuais. Em dezembro, a direção global da SIG aprovou a triplicação da fábrica, projeto cuja conclusão está prevista para meados de 2013.Produção local. Definida a etapa de expansão prevista no projeto inicial de Campo Largo, a SIG planeja internalizar a produção. A embalagem, composta por sete camadas (formadas por papel cartão, alumínio e plástico), atualmente importada na forma de laminado branco em bobina e então impressa e convertida no Paraná para o formato de embalagem acabada, passa a ser produzida localmente.A primeira unidade de laminação da SIG em território nacional entrará em operação já com condições para atender à demanda da fábrica paranaense, com produção futura de 3 bilhões de unidades por ano. Segundo Rodriguez, a atual linha de 1 bilhão de toneladas já opera a plena carga. Por conta da demanda no Brasil, a SIG ainda não conseguiu tirar do papel o desejo de abastecer, com a unidade no País, o mercado chileno e, posteriormente, outros países sul-americanos. "Achávamos que o crescimento seria um pouco mais lento e, por isso, as ampliações não seriam feitas no ritmo que estão ocorrendo", disse.A companhia não divulga dados específicos do mercado nacional, mas revela que as vendas locais cresceram aproximadamente 50% em 2011. Neste ano, a expansão deve ser de mais de 60%, e por isso a SIG ainda não consegue atender a demanda doméstica apenas com a produção paranaense. Uma parte das embalagens vendidas localmente ainda é importada.

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