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Sinais de um segundo trimestre mais forte

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Por Redação
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ANÁLISE: José Paulo KupferEntendido como uma "prévia" do PIB, o Índice de Atividade Econômica (IBC-Br), calculado mensalmente pelo Banco Central, registrou aceleração da economia em abril ante um março revisado para cima - o crescimento de 0,7% sobre fevereiro foi agora ajustado para 1,07%. As projeções para maio apontam um recuo do IBC-Br em relação a abril. Mas o resultado de abril foi suficientemente forte para indicar uma expansão do PIB, no segundo trimestre do ano, superior ao 0,6% registrado no período janeiro-março. Especialistas projetam, para o período abril-junho, um avanço da economia entre 0,8% e 1,2%. Porém, mesmo com o bom número de abril e as boas expectativas para o segundo trimestre, as previsões para o ano como um todo não sofreram alteração significativa. O crescimento em 2013, no momento, continua a se concentrar no intervalo entre 2,3% e 2,9%.Desde que começou a ser apurado com abrangência nacional, em 2010, o IBC-Br mantém aderência com o sentido e o ritmo da expansão da economia. Decorridos 13 trimestres, contudo, a coincidência com a variação exata do PIB trimestral, calculado pelo IBGE, só se deu em 40% dos casos. Em duas oportunidades - no primeiro trimestre de 2011 e no primeiro trimestre de 2013 - a discrepância chegou a 100%.A média móvel trimestral de variação do IBC-Br é a métrica preferida dos analistas para comparar os resultados do IBC-Br com os do PIB. No período fevereiro-abril, o indicador do Banco Central registrou expansão de 1,4% (5,6% anualizados) sobre o trimestre novembro-janeiro, a mais alta desde os primeiros meses de 2011, quando a economia ainda transbordava com o crescimento de 7,5% de 2010. Apesar do recuo esperado em maio, no período março-maio a média móvel do IBC-Br poderá apontar, de acordo com as estimativas dos analistas, avanço ainda mais forte. Caso as previsões se confirmem, será o sexto trimestre (não civil) consecutivo de alta, num movimento que começou em dezembro.

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