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Sincopetro: preço da gasolina maior que R$ 1,51

Segundo o Sindicato dos Postos de Gasolina, não há como garantir que os postos pratiquem o preço médio anunciado pelo governo para a gasolina em São Paulo, pois isso tornaria o lucro com a venda do produto muito reduzido.

Por Agencia Estado
Atualização:

O Sindicato dos Postos de Gasolina (Sincopetro) afirmou que o preço médio de R$ 1,51 divulgado pelo governo para o litro da gasolina em São Paulo é impraticável. Ontem o governo anunciou que o óleo diesel terá redução de 3,63% nas refinarias. A redução, neste caso, não chegará ao consumidor. O preço do diesel é controlado e esta redução servirá para incorporar o desconto de R$ 0,02 que o governo concede desde fevereiro. O preço do gás de cozinha também não sofrerá alteração. Quanto à gasolina, os preços vão cair menos do que o esperado, segundo o presidente Sincopetro, José Alberto Gouveia. "O governo não deveria ter anunciado esse preço pois não há como ser praticado nos postos. Atualmente, compramos o litro das distribuidoras por R$ 1,47 e a queda esperada é de R$ 0,03 a R$ 0,04. Como temos cerca de R$ 0,12 de lucro por litro, não há como garantir um preço tão baixo", diz. Com a redução prevista, o litro vendido aos postos passaria a custar cerca de R$ 1,44, segundo os dados do Sincopetro. Para o litro custar R$ 1,51, como anunciou o governo esta semana, o lucro do setor ficaria em R$ 0,06 por litro. Com R$ 0,12 de lucro, o preço seria de R$ 1,56. Outra queixa é que, até agora, as distribuidoras não entraram em contato com os postos para informar os porcentuais de redução, apesar de algumas empresas já terem anunciado reduções de 4% a 4,5%. Preço dos combustíveis serão revistos a cada três meses O governo fará a revisão dos preços dos combustíveis a cada três meses, seguindo fórmula adotada em novembro do ano passado. De acordo com esse mecanismo o ajuste do preço da gasolina para mais ou para menos vai depender da cotação média em 90 dias do dólar e do barril do petróleo no mercado internacional. O objetivo é preparar o mercado para a liberalização do setor que deve ocorrer até o final do ano.

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