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Sindicalistas mobilizam-se contra Shell na Argentina

Por Agencia Estado
Atualização:

Grupos de sindicalistas e "piqueteiros" (desempregados que fazem piquetes nas estradas e ruas para exigir comida e dinheiro) simpatizantes do presidente Néstor Kirchner bloquearam as vias de acesso aos postos de gasolina da Shell em diversos bairros de Buenos Aires e nos municípios da área metropolitana. O "Jóvenes K", uma associação de jovens admiradores de Kirchner, distribuiu adesivos com slogans contra a Shell e colaram cartazes nas principais avenidas. As associações de defesa dos consumidores lançaram a campanha "use seu poder de consumidor. Não abasteça na Shell". Rodeados de manifestantes e de propaganda negativa, os postos da Shell ficaram quase vazios. Os manifestantes atendiam o apelo a um "boicote nacional contra a Shell", realizado na véspera por Kirchner. O presidente acusou a empresa de "não colaborar com a recuperação econômica argentina" por ter implementado, no início da semana, aumentos de 2,6% a 4,2% dos preços do óleo diesel e da gasolina. Nesta sexta-feira, Kirchner reiterou a convocação ao boicote. Esta foi a primeira vez que um presidente argentino, desde a volta da democracia, em 1983, lidera uma campanha contra uma empresa privada. A Bolsa de Buenos Aires, que no primeiro dia da guerra de Kirchner contra a Shell havia fechado em queda de 3,7%, nesta sexta-feira encerrou a jornada com uma redução de 2,4%.

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