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Sindicalistas protestam contra venda da Cesp

Por José Henrique Lopes
Atualização:

Cerca de 50 manifestantes ligados a entidades sindicais estiveram hoje em frente à Bovespa para protestar contra a privatização da Companhia Energética de São Paulo (Cesp). Dentro do prédio, em audiência pública para discutir o processo de venda da empresa, o secretário-adjunto da Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo, George Tormin, afirmou que o leilão deve ocorrer entre os meses de fevereiro e março. Entre as reinvindicações dos trabalhadores está um acordo coletivo, válido por três anos, que estabeleça a reposição salarial para o período entre maio de 2006 e junho de 2007 e garanta estabilidade nos cerca de 1.400 postos de trabalho mantidos atualmente. Os funcionários temem futuras demissões. Além disso, cobram o comprometimento dos eventuais novos donos para que a capacidade instalada da empresa, hoje de 7,5 mil megawatts, seja ampliada em 15% em um prazo de oito anos. A Cesp é a terceira maior geradora de energia do País e controla seis hidrelétricas situadas nas regiões dos rios Paraná, Tietê e Paraíba do Sul, no interior paulista. Segundo Antonio Carlos dos Reis, presidente do Sindicato dos Eletricitários de São Paulo, os funcionários da Cesp pararam suas atividades hoje. O Sindicato dos Trabalhadores Energéticos do Estado de São Paulo (Sinergia), ligado à CUT, entregou dois documentos ao Programa Estadual de Desestatização (PED), responsável pela venda. Neles, a entidade cobra a realização de audiências públicas também nas cidades em que a Cesp mantém unidades de geração de energia e exige a continuidade dos programas ambientais e acordos definidos antes da venda.

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