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Sindicalistas protestam em SP pedindo redução de juros

Entidades esperam reunir cerca de 500 pessoas no ato 

Por Wladimir D'Andrade e da Agência Estado
Atualização:

SÃO PAULO - Começou por volta das 10h20 o ato das centrais sindicais em frente à sede do Banco Central (BC) em São Paulo para pressionar pela redução da taxa básica de juros (Selic) na reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) que terminará amanhã (30), em Brasília. A manifestação foi convocada por Força Sindical, Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Central Geral dos Trabalhadores do Brasil (CGTB), Nova Central Sindical de Trabalhadores (NCST) e União Geral dos Trabalhadores (UGT). As entidades esperam cerca de 500 pessoas no ato.

Desde agosto, quando promoveu o primeiro de dois cortes de 0,5 ponto porcentual, o Banco Central vem reduzindo a taxa de juros, atualmente em 11,5% ao ano. A redução apresentada até agora pelo Copom é considerada, no entanto, "tímida" pelas centrais sindicais. "O Brasil ainda tem uma das maiores taxas de juros do mundo", disse o presidente da Força Sindical, deputado federal Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), o Paulinho, que está presente no ato realizado na Avenida Paulista. "Apesar do ciclo de redução visto nas últimas reuniões, temos de continuar dizendo ao governo que é preciso reduzir juros para gerar empregos e estimular a produção, e não dar força à especulação."Paulinho disse que um possível corte de 0,5 ponto porcentual, porcentual esperado pela maioria dos analistas de mercado, é "muito pouco". "Para mostrar que o governo está comprometido para valer com a produção nacional, o corte tem de ser de pelo menos 1 ponto porcentual", afirmou o dirigente sindical. De acordo com ele, esse movimento de queda mais agressivo não teria reflexo na inflação, pois a alta de preços estaria "controlada" e aceleraria a queda para um patamar razoável. "O objetivo é que a Selic fique abaixo dos dois dígitos, em torno de 9% ao ano", disse.

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