BRASÍLIA - O Sindicato Nacional de Funcionários do Banco Central (Sinal) afirmou que a adesão à paralisação virtual de hoje foi um sucesso, com adesão de mais de 50% de todo o efetivo do órgão, que tem 3.500 servidores. A paralisação estava marcada para entre 8h e 12h, mas sem atos presenciais. O sindicato também já tem indicativo de nova paralisação parcial no dia 24 de fevereiro.
“Para a nova paralisação no BC de 24/2, queremos adesão de no mínimo 70% dos servidores e no mínimo 70% de adesão a listas de entrega e de não-assunção das comissões (alguns serviços poderão ser interrompidos, mas não podemos dizer ainda quais, pois isso atrapalharia a organização do movimento”, disse, lembrando que não há intenção de prejudicar serviços essenciais.
Segundo o presidente do Sinal, Fábio Faiad, já houve sinalização de nova reunião com o presidente do BC, Roberto Campos Neto, na próxima semana, sem data ou hora definida ainda. No último encontro, as entidades que representam os funcionários do BC relataram que houve avanços em relação às demandas de reestruturação de carreira, mas que havia “jogo duro” para reajustes. O movimento defende simetria no tratamento dado aos servidores do BC ante o reajuste sinalizado para os policiais federais.
“Já demos um recado claro ao Governo: reajuste agora ou greve em março!”, disse Faiad, referindo-se ao dia 9 de março, quando também aconteceria a entrega de cargos de comissão. O sindicato contabiliza que cerca de 2 mil servidores já assinaram as listas de entrega de cargos ou não-assunção.
A mobilização dos servidores do BC foi iniciada após a indicação do governo federal de que só atenderia as demandas salariais das categorias policiais. O Orçamento de 2022 foi sancionado com a previsão de R$ 1,7 bilhão para reajuste do funcionalismo, negociado para atender os policiais, mas o aumento efetivo depende de atos do Poder Executivo.