PUBLICIDADE

Publicidade

Sindicato de Taubaté recua e faz acordo para demissões

O Sindicato dos Metalúrgicos de Taubaté é o único que negociou os cortes diante da ameaça da Volks de iniciar demissões esta semana sem qualquer benefício aos dispensados

Por Agencia Estado
Atualização:

Na fábrica da Volkswagen em Taubaté (SP), o sindicato local negociou um pacote em que os demitidos receberão salários extras. Os detalhes da proposta serão apresentados em assembléia na terça-feira. A montadora emprega na unidade 4,5 mil funcionários e deve cortar 681 vagas a partir da próxima semana. O Sindicato dos Metalúrgicos de Taubaté é o único que negociou os cortes diante da ameaça da Volks de iniciar demissões esta semana sem qualquer benefício aos dispensados. Os sindicatos do ABC paulista e de Curitiba, onde também há fábricas da empresa, decidiram não negociar cortes, mesmo com incentivos. Os 12 mil trabalhadores do ABC têm acordo de estabilidade até 20 de novembro. Ou seja, as 3,6 mil demissões previstas só podem começar após essa data. Em São José dos Pinhais (PR), o plano prevê 1.420 cortes de um quadro de 3,7 mil trabalhadores, também sem garantia de emprego. Com o acordo, os trabalhadores de Taubaté esperam garantir novos investimentos para a fábrica, afastando assim o risco de fechamento. A direção mundial da Volks insiste na necessidade de fechar uma fábrica no País.Além das três envolvidas no plano de reestruturação, o grupo tem uma filial de caminhões em Resende (RJ) e uma de motores em São Carlos (SP). "A implementação das medidas do plano de reestruturação e a viabilização de novos investimentos são os meios de garantir a sustentabilidade das operações das unidades no Brasil", disse Josef-Fidelis Senn, vice-presidente de Recursos Humanos da Volkswagen do Brasil.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.