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Sindicato dos químicos ameaça parar turnos no ABC

Por André Magnabosco
Atualização:

O Sindicato dos Químicos do ABC estuda a possibilidade de interromper parte da produção de unidades da empresa petroquímica Quattor, caso a companhia não inicie negociações com os trabalhadores a respeito das demissões anunciadas esta semana. Segundo o sindicato, a empresa teria comunicado no último dia 2 de fevereiro a demissão de 63 trabalhadores, sendo 45 das unidades da empresa localizadas no polo petroquímico de Capuava, no ABC Paulista. A intenção do sindicato é fazer a chamada "interrupção da rendição dos turnos", operação na qual os funcionários deixam de produzir em um de cada dois turnos, de forma intercalada. Na última sexta-feira, o sindicato organizou duas assembleias, nas quais os funcionários decidiram realizar protestos com atrasos na entrada dos turnos das unidades da empresa. Procurada pela Agência Estado durante a semana, a Quattor destacou que o corte de funcionários, que segundo a empresa deve atingir um total de 80 pessoas em todo o País, é reflexo da gravidade da situação econômica mundial. Em nota, a companhia informou que "o momento é grave e exige a adoção de medidas voltadas à redução de custos". O Sindicato dos Químicos do ABC destacou, em nota publicada ontem em seu site, que comunicará a decisão tomada nas assembleias à Quattor, mas não informou quando as paradas de produção podem ocorrer. "A Quattor será comunicada da decisão das assembleias, mas o início dos protestos será decidido pela diretoria do Sindicato, que pretende trabalhar com o fator surpresa", afirma a entidade.

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