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Sindicatos apoiam venda da Varig à VarigLog

Em nota divulgada na tarde de hoje, a Fentac e os sindicatos, todos filiados à Central Única dos Trabalhadores (CUT), afirmam que a venda à Volo seria uma alternativa para "evitar a falência"

Por Agencia Estado
Atualização:

A Federação Nacional dos Trabalhadores em Aviação Civil (Fentac) e mais seis sindicatos de trabalhadores do setor apóiam a venda da Varig para a Volo, empresa que no ano passado adquiriu a subsidiária de cargas VarigLog. Em nota divulgada na tarde de hoje, a Fentac e os sindicatos, todos filiados à Central Única dos Trabalhadores (CUT), afirmam que a venda à Volo seria uma alternativa para "evitar a falência", dado que os Trabalhadores do Grupo Varig (TGV) não depositaram a primeira parcela de US$ 75 milhões, conforme previsto no edital do leilão judicial da companhia. "Frente à inconsistência da proposta apresentada pela TGV, que não honrou com seu compromisso de compra, e dentro da perspectiva de venda da Varig à Volo, sendo esta uma alternativa, as entidades vêm a público declarar que não são contrárias à proposta, a fim de evitar a falência da Varig, considerando a manutenção da empresa e de seus postos de trabalho", diz a nota. Para as entidades, neste momento, a "prioridade" da luta sindical deve ser a manutenção das operações da Varig. "O papel dos sindicatos será sempre em defesa da legalidade, do respeito aos direitos trabalhistas e da manutenção dos empregos mas, neste momento, a prioridade é manter a Varig em operação." Além da Fentac, assina a nota os seguintes sindicatos: Sindicato dos Aeroviários de Guarulhos, Sindicato dos Aeroviários de Pernambuco, Sindicato dos Aeroviários de Porto Alegre, Sindicato Nacional dos Aeronautas, Sindicato Nacional dos Aeroportuários e Sindicato Nacional dos Aeroviários. Demissões O presidente do Sindicato dos Aeroviários do Estado de São Paulo, Uébio José da Silva, disse que dos cerca de 8 mil aeroviários (trabalhadores em terra) da Varig, mais de 70% - ou 5.600 pessoas - não serão absorvidos pelo mercado em caso de falência da companhia. Isso porque, segundo ele, as companhias domésticas que herdarão vôos e slots (horários de vôos nos aeroportos) têm capacidade para empregar menos de 30% do total. TAM, Gol, BRA e OceanAir já foram acionadas para um esquema de contingenciamento de emergência organizado pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) diante de diversos cancelamentos de vôos da Varig. Segundo Silva, os funcionários da Varig têm os maiores salários do mercado e isso será um empecilho para a sua aceitação por parte de outras companhias, embora eles sejam reconhecidos pela boa capacidade técnica. Ainda de acordo com o sindicalista, a Varig tem hoje 19 aviões em operação, de um total de 49 disponíveis. Boa parte das aeronaves está no Aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro. Suspensão Silva declarou ainda que estão interrompidas até quarta-feira, dia 28 de junho, as demissões programadas na Sata, divisão de movimentação aeroportuária do Grupo Varig. Na terça-feira, representantes da companhia informaram o sindicato que pretendem cortar entre 1.800 e 2 mil funcionários em todo o País para tentar manter suas operações. Atualmente, a empresa conta com 5.700 empregados e está em crise porque seu funcionamento depende em grande parte da Varig. "Conseguimos negociar um prazo maior para início dos cortes até quarta-feira, enquanto esperamos o que vai acontecer com a Varig". A Sata presta serviços de check-in e movimentação de equipamentos e bagagens para a Varig e outras companhias aéreas nos principais aeroportos brasileiros.

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