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Sindicatos de oposição na Argentina fazem greve geral após uma década

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Por Redação
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Sindicatos opositores ao governo da Argentina bloqueavam nesta terça-feira rodovias e ruas, paralisavam o transporte aéreo e terreste, além de frear as exportações de grãos, na primeira greve geral do país em quase 10 anos para exigir compensações para os trabalhadores pela alta inflação. A greve de 24 horas convocada pela principal central sindical, a Confederação Central do Trabalho (CGT), e pela Central de Trabalhadores Argentinos (CTA) era acatada majoritariamente entre os sindicatos e servidores públicos. Os grevistas exigem, entre outras coisas, alta do salário mínimo e eliminação do imposto sobre lucro dos assalariados. "Temos a obrigação de colocar adiante à necessidade dos trabalhadores para que atendam as demandas que estamos pleiteando, que são que os aposentados não podem viver com o que ganham, o salário mínimo deve se elevar e que se acabe o imposto sobre os lucros", disse à Reuters o diretor-geral adjunto da CTA em Buenos Aires, Pablo Spataro. O governo, que apenas reconhece uma inflação que gira em torno de 10 por cento anuais, classificou o protesto como uma extorsão e afirmou que a greve está sendo dirigida pelas ambições políticas de suas lideranças. Economistas privadam estimam que a inflação deve chegar a 25 por cento neste ano. (Reportagem de Alejandro Lifschitz)

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