Durante greve na última sexta-feira, atos de vandalismo ocorreram em São Paulo; sindicatos não concordam com decisão de cobrar prejuízo
Por Matheus Mans e Luciana Dyniewicz
Atualização:
O prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), afirmou ontem que os sindicatos que participaram da organização da greve geral na cidade, na última sexta-feira, terão de pagar pelos prejuízos causados no mobiliário urbano. “Vamos cobrar todos os sindicatos”, disse o prefeito durante evento do programa Cidade Linda. “Eles irão dividir a conta do prejuízo que deram à cidade.”
Ao Estado, a assessoria da Prefeitura de São Paulo afirmou que informações sobre o tamanho dos danos estão sendo levantadas e que apura ainda quais são os movimentos envolvidos na quebra de semáforos, pontos de ônibus e outros objetos em vias públicas da cidade para que seja feita a cobrança. “Os subprefeitos da cidade já estão avisados que precisam calcular os prejuízos em seus bairros”, afirmou o político.
Danos causados pelos protestos desta sexta-feira
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Greve geral
A greve geral convocada pelas centrais sindicais em protesto contra as reformas trabalhistas e da Previdência afetou a rotina de cidades de todas as r... Foto: Amanda Perobelli/EstadãoMais
São Paulo
Ponto de onibus quebrado e com pixação "Fora Temer" na Av. Pedroso de Morais. Na sexta-feira, os protestos na capital paulista se concentraram no Larg... Foto: Amanda Perobelli/EstadãoMais
São Paulo
Ponto de ônibus quebrado próximo ao Largo da Batata, em São Paulo.O prefeito João Doria (PSDB)afirmou que os sindicatos que participaram da organizaçã... Foto: Amanda Perobelli/EstadãoMais
São Paulo
A Prefeitura afirmou que informações sobre o tamanho dos danos estão sendo levantadas e que também está apurando quais são os movimentos envolvidos na... Foto: Amanda Perobelli/EstadãoMais
São Paulo
Agências bancárias na Av. Pedroso de Morais também foram alvo de vandalismo durante os protestos de sexta-feira. Foto: Amanda Perobelli/Estadão
São Paulo
Caixas eletrônicos destruídos durante o protesto de sexta-feira na zona oeste da cidade. Foto: Amanda Perobelli/Estadão
São Paulo
O restaurante Senzala, na Praça Panamericana, na zona oeste da capital, teve os vidros quebrados durante osprotestos de sexta. Foto: Amanda Perobelli/Estadão
São Paulo
Manifestantes quebraram fachadas de lojas e agências bancárias. Foto: Amanda Perobelli/Estadão
Rio de Janeiro
No Rio, pontos de ônibus, fachadas de bancos e de lojas foram atingidas no centro da cidade. Neste sábado, equipes de manutenção já trabalhavam na res... Foto: Wilton Júnior/EstadãoMais
Rio de Janeiro
No rio, os protesto se concentraram na Av. Rio Branco, no centro da cidade. Foto: Wilton Júnior/Estadão
Rio de Janeiro
Durante a greve geral, houve confronto entre manifestantes e a polícia. Foto: Wilton Júnior/Estadão
Rio de Janeiro
No rio, viaturas da polícia, ônibus municipais e outros veículos também foram quebrados e incendiados. Foto: Wilton Júnior/Estadão
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Sem ligação. Em resposta ao prefeito, o secretário-geral da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Júlio Turra, afirmou que não existe ligação entre a greve organizada pelas centrais sindicais na última sexta-feira e os atos de vandalismo registrados ao longo do dia na cidade.
“Nós não podemos ser responsabilizados pelo ato de meia dúzia de jovens que decidem sair de casa para quebrar tudo”, disse o sindicalista, ao Estado. “A CUT não tem como lutar contra os black blocs. Nós não temos nenhuma relação com eles.”
O secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna, afirmou que repudia qualquer tipo de vandalismo nas cidades e que os sindicatos mobilizados para greve geral não têm nenhuma ligação com esses casos de depredação. “Praticar atos de vandalismo durante a greve geral é um erro, já que algumas pessoas acabam associando com a nossa paralisação”, diz Juruna.