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Sindicatos ‘invadem’ o salão de Paris

Trabalhadores da Peugeot Citroën e da Ford protestam contra demissões na França

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Por Redação
Atualização:

PARIS - Dezenas de trabalhadores da PSA Peugeot-Citroën e da Ford invadiram o Salão do Automóvel de Paris ontem, assim que as portas foram abertas ao público. Eles protestavam contra a ameaça de desemprego no setor automobilístico.

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Os trabalhadores da PSA denunciaram a ameaça de extinção de 8 mil vagas por causa da intenção da empresa de fechar a fábrica da cidade Aulnay em 2014. Já os trabalhadores da Ford na França dizem que centenas de vagas podem ser fechadas com o programa de reestruturação em curso na montadora. Militantes de partidos da oposição de esquerda engrossaram a manifestação.

Os manifestantes circularam pelos estandes das diversas marcas carregando faixas de protesto e alguns chegaram a subir em cima dos automóveis em exposição. Adesivos com protestos contra o desemprego foram colados nos veículos da Ford.

O salão do automóvel de Paris começou este ano em um momento de forte queda nas vendas de carros na Europa - reflexo direto da recessão no continente. Para tentar superar a crise, as montadoras apostam nos mercados emergentes e na sofisticação de seus lançamentos.

Em baixa

A francesa Renault prevê uma queda de 8% nas vendas na Europa. Para o mercado da França, a retração deverá ser ainda maior, de 13%. "Em razão da degradação dos mercados europeus, que representam 50% do nosso volume, a previsão de aumentar as vendas mundiais neste ano está sob forte pressão", afirmou o brasileiro Carlos Ghosn, presidente da Renault.

A PSA Peugeot Citroën prevê leve queda nas vendas neste ano. O presidente do grupo, Philippe Varin, afirma que há "excesso de capacidade produtiva no continente". No primeiro semestre, o prejuízo do PSA ficou em 819 milhões.

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Para melhorar o resultado das matrizes, a aposta das empresas é em mercados emergentes como o Brasil. Na sexta-feira, o presidente da PSA na América Latina, Carlos Gomes, afirmou que o pacote de investimentos no País até 2015, de R$ 3,7 bilhões, continua nos planos da matriz. / AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

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