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Sindicatos protestam contra fusão de Varig e TAM

Por Agencia Estado
Atualização:

Os sindicatos nacionais dos Aeronautas e dos Aeroviários e associações de funcionários da Varig iniciaram hoje de manhã em Porto Alegre uma série de protestos contra a fusão da empresa com a TAM e a pressão do governo por esta solução. O episódio mais recente do que os trabalhadores do setor consideram como pressão governamental foi a interrupção do fornecimento de combustível da estatal BR Distribuidora para a Varig da meia-noite de sexta-feira às 10h da manhã de sábado. Os vôos da companhia só não foram afetados porque a Shell e a Esso forneceram o combustível. "Está havendo um estrangulamento da Varig pelas empresas do governo federal, leia-se BR (distribuidora de combustíveis da Petrobras) e Banco do Brasil, desde o ano passado", disse a presidente do Sindicato Nacional do Aeronautas, Graziela Baggio, que participa amanhã, às 15h, de nova manifestação, no Aeroporto Santos Dummont, no Rio. "A fusão vai criar monopólio. É ruim para o usuário e haverá milhares de demissões", afirma. A BR voltou a fornecer combustível à empresa aérea hoje de manhã, em troca de um cheque para ser descontado hoje. "O cheque foi um jeito para ganhar tempo até amanhã, mas não é uma solução e a BR pode interromper a entrega de combustível de novo", diz uma fonte ligada à Varig. Apesar das ameaças anteriores de suspensão caso houvesse falta do pagamento diário, ontem foi a primeira vez que a BR Distribuidora interrompeu o fornecimento de combustível para a Varig. Nos últimos meses, a companhia aérea vem pagando diariamente para a BR pela retirada do produto. Os valores seriam da ordem de R$ 4 milhões ao dia. A interrupção pela manhã decorreu da falta de pagamento na sexta-feira. O presidente da Varig, Roberto Macedo, e a diretoria executiva da empresa ficaram até 1h da manhã de sexta-feira negociando com a BR para evitar o problema. O ministro da Defesa, José Viegas, teria sido, inclusive, contatado, com o objetivo de contornar a situação.

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