PUBLICIDADE

Sistema de pagamento entre bancos começa a operar em 6 de dezembro

Por Agencia Estado
Atualização:

A Câmara Interbancária de Pagamentos (CIP) inicia as operações no próximo dia 6 de dezembro. Homologada na quarta-feira pelo Banco Central, a CIP é considerada o fundo de compensação mais relevante do novo Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB). Ali será compensada boa parte dos pagamentos interbancários do País, seguindo um modelo em que os débitos e créditos das instituições financeiras (são 48 bancos associados e cerca de 110 bancos e duas administradoras de cartões participantes) vão entrando numa espécie de "fila" durante o dia até que em determinado momento é calculado o saldo líquido dessas operações e os bancos fazem o acerto das diferenças. Segundo fontes do mercado, essa fase inicial de operações deve primar pela cautela, assim como ocorreu na criação do SPB. Isso significa que os volumes transacionados deverão ser inicialmente menores, ganhando corpo à medida em que os bancos se acostumem com o novo ambiente de liquidação financeira. Na última segunda-feira, os bancos receberam as instruções administrativas para a CIP, que inclui um manual de operações para as compensações efetuadas no ambiente da compensação. O controle da Câmara será feito através de um Conselho de Administração formado por 12 bancos, mais três comissões (análise contábil e orçamento, riscos operacionais e tecnologia) que contam com 42 representantes de 25 bancos associados. De maneira gradual, a compensação deve absorver boa parte das transações interbancárias que vêm sendo liquidadas no Sistema de Transferência de Reservas (STR) em tempo real, administrado pelo Banco Central. Assim como as demais câmaras de compensação do novo sistema de pagamentos, ela terá uma janela de liquidação no STR em determinado momento do dia. Os bancos poderão optar por compensar as operações interbancárias no STR ou na CIP. Alguns diretores de bancos acreditam que as operações do próprio banco serão compensadas no STR e a dos clientes pela CIP. Isso facilitaria o controle das tesourarias de cada instituição, que não teriam de ficar monitorando em tempo real cada operação envolvendo os clientes durante o dia.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.