17 de novembro de 2009 | 13h13
O secretário executivo do Ministério de Minas e Energia, Márcio Zimmermann, disse nesta terça-feira, 17, que o sistema operacional usado pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) é à prova de invasões de hackers. "O sistema operacional do ONS é totalmente fechado. É diferente do sistema corporativo", disse o secretário. Em seguida, ao ser questionado se o sistema era à prova de violadores, ele respondeu: "É".
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O ONS admitiu nesta semana que seu site na internet foi invadido por hackers e é a isso que se referia Zimmermann ao dizer que o sistema operacional - aquele usado para monitorar e dar as ordens no sistema elétrico - é diferente da parte pública do site do ONS na internet. O secretário presidiu nesta terça a primeira reunião do grupo de trabalho criado pelo governo para acompanhar as investigações sobre o apagão, que deixou 18 Estados sem luz na terça-feira passada.
Zimmermann evitou dar detalhes sobre as investigações e, sempre que perguntado sobre informações mais técnicas, dizia que, neste exato momento, 70 técnicos do ONS estão reunidos na sede da entidade no Rio de Janeiro para finalizar o Relatório de Análise de Perturbação (RAP). Esse documento fará um raio X do ocorrido no dia do blecaute, fundamentado nas leituras dos diversos equipamentos instalados na rede. É com base nesse documento, a ser entregue à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), que terá início a investigação que pode até levar a multas a eventuais culpados.
Zimmermann não precisou quando o RAP será entregue à Aneel, mas há uma previsão por parte do próprio ONS de que o documento seja encaminhado nesta terça. O secretário também reiterou que o governo trabalha com a hipótese de que descargas elétricas teriam causado curtos-circuitos na região de Itaberá, no interior paulista, dando origem ao blecaute.
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