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Sistema energético está 'equilibrado', diz governo

Por Antonio Pita
Atualização:

O secretário de Planejamento e Desenvolvimento Energético do Ministério de Minas e Energia (MME), Altino Ventura, afirmou nesta quarta-feira, 14, que o sistema energético do País está "equilibrado" para garantir o fornecimento sem a necessidade de racionamento em 2014."Temos condições de atender ao mercado previsto até o fim do período seco sem racionamento", afirmou Ventura, durante o Seminário Internacional de Energia Nuclear, no Rio. "Todas as análises mostram que o sistema está estruturalmente equilibrado. A visão do ministério é de que o sistema brasileiro está dimensionado estruturalmente e conjunturalmente", completou.Ventura afirmou que o "equilíbrio da oferta e da demanda" é amplamente discutido, a partir do monitoramento feito há mais de 81 anos sobre o comportamento hidrológico do País. "Pode até ser que haja cenários piores, alguns fenômenos, mas nós não consideramos", afirmou.O secretário defendeu ainda que "o problema das distribuidoras foi resolvido", em referência aos empréstimos concedidos pelo governo, via Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), para compensar as perdas com a atual crise do setor. "Podem ser feitos ajustes, mas foi resolvido", garantiu.Quanto às empresas geradoras, entretanto, ele disse que a atual situação é "um risco hidrológico" próprio do negócio. "O leilão A-0 foi um sucesso, a parcela sem cobertura foi pequena. Para as geradoras, há um risco hidrológico ligado à diferença entre a geração e o valor cobrado pelo que entregaria", explicou.Ventura ainda garantiu que o País mantém a previsão de criar quatro usinas de energia nuclear "no horizonte de 2030". "Até 2022, só Angra 3. Em algum momento o plano pode identificar outras soluções, não só nuclear. Mas não há uma decisão", afirmou.Segundo ele, o País busca diversificar sua matriz energética. "Na próxima década o País vai passar por uma transição da expansão majoritariamente hidrelétrica e terá de buscar outras fontes, mas sempre terá térmicas de base mistas, de carvão, gás e nuclear. Não se imagina atender ao mercado só com as energias renováveis", afirmou.

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