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Confronto entre Judiciário e Executivo não dá espaço para reformas, diz Luis Stuhlberger

Para o gestor do fundo Verde, indicadores do Brasil melhoraram após um início de ano muito ruim, mas propostas populistas de Bolsonaro deixam o setor financeiro preocupado

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O gestor do fundo Verde e fundador da Verde Asset, Luis Stuhlberger, aponta que as medidas populistas do presidente Jair Bolsonaro faltando mais de um ano para a eleição despertam preocupação no mercado financeiro. Em avaliação do governo e da condução do ministério da Economia por Paulo Guedes, Stuhlberger disse que vê dificuldades para a reforma tributária ser aprovada em meio ao confronto entre Judiciário e o Executivo que se desenrola atualmente.

Analisando as projeções para o Brasil, Stuhlberger vê que a PEC dos Precatórios deve se resolver de forma satisfatória. Ele aponta que a maioria dos indicadores do Brasil melhoraram após um início de ano muito ruim, exceto a inflação, e que a atual avaliação para o País neste momento não se justifica.

O gestor Luis Stuhlberger. Foto: Iara Morselli/Estadão

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Propostas populistas de Bolsonaro deixam o setor financeiro preocupado, aponta Stuhlberger, enquanto a quebra do teto de gastos deverá ser um mantra da campanha de Lula. No caso do petista, o gestor do Verde supõe que uma aproximação com o centro, bons nomes para o Banco Central e para a Fazenda, além de uma proposta de "quebra" do teto condicionada à arrecadação, poderiam torná-lo uma possibilidade mais interessante para o mercado.

Em painel no Expert XP esta tarde ao lado de Stuhlberger, o gestor da estratégia multimercado e previdência da Verde Asset, Luiz Parreiras, demonstrou decepção com os últimos dois anos com Guedes no comando da economia brasileira. "Discurso de Guedes é muito bom, mas execução tem deixado muito a desejar", disse.

Para 2022, Parreiras salientou que há muito tempo até a eleição, e comentou que tanto Bolsonaro quanto o seu principal adversário no momento, o ex-presidente Lula, querem estimular a polarização até o período eleitoral. Porém, Parreiras considera que a convergência para o centro não ocorre antes da eleição, mas depois.

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