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Situação de financeira britânica pesa e Bovespa cai 0,6%

Por JULIANA SIQUEIRA
Atualização:

A Bolsa de Valores de São Paulo fechou em baixa nesta segunda-feira, com investidores evitando grandes apostas antes da decisão do Federal Reserve sobre o juro norte-americano, que acontece na terça-feira. O tom negativo do mercado internacional, que seguiu as notícias sobre problemas em uma financeira britânica, ditou o rumo dos negócios na bolsa paulista. O principal indicador da Bovespa recuou 0,6 por cento, para 54.340 pontos. Na mínima do dia, entretanto, chegou a cair 1,8 por cento. O volume financeiro atingiu 5,9 bilhões de reais, inflado em 2,4 bilhões de reais pelo exercício de opções. O giro do vencimento é o mais alto desde os 2,86 bilhões de reais de junho de 1997. O melhor exercício da história é o de dezembro de 1994, de 2,89 bilhões de reais. Apesar do giro forte, o desempenho de Petrobras decepcionou alguns analistas. "Muita gente achou que Petrobras ia (subir) mais. Quem tinha Petrobras ficou um pouco decepcionado", disse Luiz Roberto Monteiro, assessor financeiro da corretora Souza Barros. "A Bovespa melhorou por causa lá de fora. Lá melhorou e aqui acompanhou um pouco." O índice Dow Jones fechou em baixa de 0,29 por cento, acima das mínimas da sessão. Milhares de clientes fizeram fila para sacar economias da instituição financeira britânica Northern Rock nesta segunda-feira. As ações da financeira despencaram mais de 30 por cento, aumentando pressão para a venda do grupo ou de seus ativos. Comentários do ex-chairman do Fed Alan Greenspan, de que os riscos de uma recessão nos Estados Unidos aumentaram, também pesaram. As blue chips Companhia Vale do Rio Doce e Petrobras subiram 0,69 por cento e 0,35 por cento, respectivamente, ajudando a conter as perdas do Ibovespa. Os papéis da mineradora encerraram a 43,90 reais e os da estatal, a 54,49 reais. As maiores baixas do índice foram Copel, que caiu 5,35 por cento, para 29 reais, e Cosan, que perdeu 5,27 por cento, para 24,25 reais. Investidores no mundo inteiro estão na expectativa da decisão e dos comentários que o Federal Reserve fará na terça-feira. Analistas esperam um corte de 0,25 ponto percentual, o primeiro em cerca de cinco anos, e uma minoria acredita em uma redução mais agressiva, de 0,5 ponto.

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