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Smartphone da Nokia com Windows demora a decolar

Por HELSINQUE
Atualização:

Os esperados telefones da Nokia com plataforma Windows podem ter chegado tarde na guerra dos smartphones dominada por Apple e Google, apesar das críticas positivas de especialistas. O primeiro modelo com Windows, o Lumia 800, atraiu pouco interesse dos consumidores, somando apenas 2% da preferência de europeus à procura de um smartphone, segundo pesquisa da Exane BNP Paribas.Analistas disseram que não há nada errado com o dispositivo, apesar de um problema de software que afeta a duração da bateria em alguns aparelhos. A questão é: os consumidores simplesmente não foram "fisgados".Os smartphones que utilizam o software da Microsoft têm 2% de participação de mercado, contra 50% do sistema operacional Android, do Google, e de 15% a 20% da Apple."Não há muito espaço sobrando para um terceiro concorrente. O mercado de smartphones está se consolidando rapidamente", disse Pierre Ferragu, analista da consultoria Bernstein.As ações da Nokia caíram mais de 20% desde 26 de outubro, data do lançamento do novo telefone, com os investidores temendo que a Nokia seja incapaz de reaver o mercado que perdeu nos últimos anos para concorrentes como a Apple.Os telefones que utilizam o Symbian, antigo software da Nokia, que foi liquidado em favor da Microsoft, ainda estão em circulação e superam em vendas os telefones com Windows.No entanto, à medida que a Nokia continua mudando para o Windows, as vendas do Symbian têm espaço para cair mais nos próximos trimestres e alguns analistas estão alertando sobre dividendos mais baixos e lucro mais fraco que o esperado. Fontes da Nokia defenderam o Lumia, e um porta-voz disse que há um "momento positivo", embora não tenha fornecido dados para respaldar a afirmação.Há analistas que afirmam que as preocupações sobre o futuro da companhia finlandesa estão precificados nas ações, embora a companhia tenha forte posição de caixa. "O preço das ações não leva em conta qualquer recuperação da Nokia", disse Jari Honko, do Swedbank. / REUTERS

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