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Snea pode entrar na Justiça para questionar venda da VarigLog

As negociações foram realizadas em dezembro passado, no valor de US$ 48,2 milhões. O Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias alega que a companhia terá mais de 20% controle estrangeiro

Por Agencia Estado
Atualização:

O Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias (Snea) informou nesta quinta-feira que aprovou em Assembléia Geral Extraordinária a possibilidade de entrar com ação judicial para questionar a venda da VarigLog ao consórcio Volo do Brasil. As negociações foram realizadas em dezembro passado, no valor de US$ 48,2 milhões. O motivo alegado é o fato do consórcio ter como acionistas o fundo de americano de investimentos Matlin Patterson e três sócios brasileiros - ou seja, mais de 20% de controle na mão de estrangeiros, o que é proibido pela legislação brasileira do setor aéreo. No mesmo dia, o presidente da Agência Nacional de Aviação Civil, Milton Zuanazzi, reiterou que não há nada na lei brasileira que obrigue o órgão a analisar a origem de recursos utilizados na compra de uma companhia aérea, respondendo à crítica do Snea sobre a proposta a venda para a Volo. A ex-subsidiária de cargas e transportes foi a única a apresentar uma oferta pela Varig, no valor de US$ 500 milhões. "Por que isso seria necessário no caso da VarigLog?" argumentou Zuanazzi. Ele lembrou que a VarigLog foi vendida no passado para a AeroLB e o caso nem sequer foi analisado. O presidente da Anac se mostrou tranqüilo em relação ao parecer do órgão que aprovou a compra da VarigLog pela Volo. Segundo ele, a empresa é brasileira, tem dirigentes brasileiros, e 81% do seu capital é nacional. "A Anac está absolutamente tranqüila quanto a sua decisão", disse Zuanazzi ao admitir que o caso pode ser mais tarde questionado na Justiça. Entretanto, ele acredita que a Justiça vai observar que as análises feitas pelo órgão foram "as mais corretas possíveis".

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