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Snow faz elogios ao Brasil e pede trabalho por reformas

Snow disse que "gostaria de exortar o Brasil a continuar trabalhando nas reformas, que combinadas com as políticas econômicas empresariais vão liberar as energias do setor privado".

Por Agencia Estado
Atualização:

O secretário do Tesouro dos EUA, John Snow, fez hoje fartos elogios à condução da política econômica do Brasil, ao ministro da Fazenda Antonio Palocci e ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Para Snow, o ministro Palocci "reflete o compromisso com as boas políticas", que incluem políticas fiscal e monetária responsáveis. O secretário avalia que, no Brasil, "em nível macroeconômico, os resultados (dessas políticas) são dramáticos, maravilhosos para o País". Ele citou como exemplo o controle da inflação, o aumento das exportações e "turbulências cada vez mais controladas". Para Snow, isso não teria sido possível sem uma fundação macroeconômica sólida. Snow disse que "gostaria de exortar o Brasil a continuar trabalhando nas reformas, que combinadas com as políticas econômicas empresariais vão liberar as energias do setor privado". Ele disse que esteve ontem com o presidente Lula, o qual, segundo ele, está comprometido com o crescimento econômico, a redução da pobreza e a melhoria do padrão de vida da sociedade brasileira. Snow disse que o encontro marcado para hoje com o ministro Palocci, membros da equipe econômica, e empresários tratará das relações comerciais entre o Brasil e os Estados Unidos, e incluirá os temas da Alca e da rodada de Doha. Snow adiantou que quer explorar junto a Palocci formas para que o BID possa desempenhar um papel maior nos investimentos em infra-estrutura no Brasil, inclusive através da formação das políticas público-privadas (PPPs) e do financiamento para pequenas e médias empresas. Em palestra em evento do Cebri, no centro do Rio, Snow defendeu também o desenvolvimento do capital de risco (venture capital) no Brasil, que para ele "traz idéias, inovações e financiamento". Snow afirmou que "quero encorajar essa indústria de capitalismo de risco no Brasil, o que leva ao tema da abertura dos mercados financeiros e à Alca e rodada de Doha. Fluxos eficientes de capital estão na alma de uma economia bem sucedida." Condições norte-americanas Snow, indagado sobre o déficit comercial dos Estados Unidos, disse que "o presidente Bush está comprometido com a redução deste saldo negativo e que "a boa notícia" é a expansão da economia americana, gerando emprego e receitas tributárias. Neste cenário, ainda de acordo com Snow, os EUA iniciaram 2005 com déficit de US$ 427 bilhões e a perspectiva é que hoje esse déficit esteja em torno de US$ 330 bilhões. Para o secretário, "o processo de ajuste global também faz parte dessa questão", ou seja, a questão do déficit dos EUA "é uma responsabilidade compartilhada com países que fazem parte do comércio". O argumento de Snow é que uma das razões do déficit americano é que a economia do seu país está crescendo mais rápido que as de seus parceiros comerciais. "Estamos envolvidos em um grande diálogo com outros países do mundo para introduzir mais crescimento na economia global, o que o G-7 precisa fazer". Snow avalia que o Brasil tem dado a sua contribuição com as atuais taxas de crescimento no País, assim como a China e a Índia.

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