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Só aval de Dilma libera capitalização do BNDES

Por AE
Atualização:

A eventual alienação, pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), das ações da Petrobrás usadas pelo Tesouro para capitalizar o banco em R$ 6,5 bilhões só poderá ser feita com autorização expressa da presidente Dilma Rousseff. É a primeira vez que um decreto subordina à decisão presidencial um movimento corriqueiro de compra e venda de papéis pelo banco.A exigência consta do decreto 7.439, publicado anteontem, que determinou o aporte. Vale também para a decisão sobre o destino das ações ordinárias da Petrobrás, recebidas pela Caixa Econômica como parte da sua capitalização de R$ 2,2 bilhões. O decreto não menciona a mesma obrigatoriedade para as ações da Eletrobrás repassadas à Caixa. Mais do que marcar o "estilo Dilma" de governar, a medida expõe a preocupação do governo sobre o arranjo acionário da estatal de petróleo e mostra como a própria presidente pretende participar diretamente desse processo. Até março de 2010, Dilma presidia o conselho de administração da Petrobrás, como ministra-chefe da Casa Civil do governo Lula.CaptaçãoA Petrobrás vai buscar no mercado financeiro US$ 17 bilhões até 2014 para cumprir seus investimentos, disse ontem o diretor financeiro da estatal, Almir Barbassa, após participar do Encontro Brasil-Noruega, promovido pelo BNDES. Segundo o executivo, o próprio banco e os investidores noruegueses são alvos da companhia na busca por recursos. "Estamos fazendo grandes investimentos, mas teremos incremento na geração de caixa até 2020", afirmou Barbassa, destacando que os US$ 17 bilhões são apenas uma parte dos recursos necessários para os investimentos. A estatal prevê investir US$ 224 bilhões até 2014. Com a dívida que precisa ser amortizada, o total sobe para US$ 262 bilhões. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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