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Reforma ministerial dará força à aprovação de novas regras para a Previdência

Para ministro do Planejamento, retomada da economia depende da agenda de reformas

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Foto do author Francisco Carlos de Assis
Por Adriana Fernandes , Francisco Carlos de Assis (Broadcast) e Caio Rinaldi
Atualização:

O ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira, avaliou nesta terça-feira, 14, que a reforma ministerial que está em negociação pelo presidente Michel Temer vai ajudar a criar um ambiente político favorável para a aprovação da votação da reforma da Previdência na Câmara dos Deputados. Em entrevista ao 'Broadcast/Estadão', Oliveira alertou que não aprovar a proposta agora pode acarretar efeitos negativos à economia brasileira com risco de interrupção do processo de crescimento. 

“Embora a reforma em si tenha um processo de ajustamento de 30 anos, o efeito é imediato, já que afeta as expectativas. O inverso, portanto, também é verdade”, explicou Oliveira.

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Para o ministro, sem a reforma, o risco é de o Brasil evoluir para um processo de “destruição” dos fundamentos da economia. “O que foi construído pode ser frustrado se não houver continuidade da agenda (de reformas)”, avisou. 

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Oliveira ressaltou que o movimento de recuperação da economia é amplo e ocorre em função das reformas já implementadas pelo governo e das que ainda estão em discussão no Congresso, como é o caso da reforma da Previdência. 

“Temos de fazer um esforço para aprovar o quanto antes. O Congresso já está muito bem informado sobre o conteúdo da reforma, a questão é criar ambiente político para a votação”, disse Oliveira, que acredita na aprovação da reforma da Previdência ainda em 2017.

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Arrecadação. Na avaliação do ministro, a recuperação da arrecadação tributária é firme e está em linha com o aquecimento da atividade econômica no País. Ele confirmou que essa melhora vai proporcionar a liberação de parte do corte de despesas do Orçamento. 

A perspectiva é que haja uma definição do valor do descontingenciamento já na próxima sexta-feira. O governo quer antecipar a liberação dos recursos para dar alívio aos ministérios nesse fim do ano.

“O crescimento da arrecadação veio para ficar, é sustentável”, disse o ministro. Ele traçou um cenário otimista para 2018 e avaliou que a recuperação pode ser mais forte do que o esperado. Segundo ele, o governo está sendo conservador na previsão de 2% de crescimento de 2018.

'O Congresso já está muito bem informado sobre o conteúdo da reforma, a questão é criar ambiente político para votação', afirmou Oliveira. Foto: André Dusek|Estadão
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