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Só Palocci fala sobre política econômica, avisa Dirceu

Por Agencia Estado
Atualização:

O ministro-chefe da Casa Civil, deputado José Dirceu (PT-SP), foi enfático e deixou muito claro que apenas o ministro da Fazenda, Antônio Palocci Filho, é quem pode falar sobre a taxa de juros e sobre o câmbio no governo. Dirceu estava respondendo à pergunta que lhe foi feita durante sua entrevista ao Jornal das Dez, da Globo News, na noiteda quinta-feira, tentando pôr fim assim às desencontradas opiniões emitidas por membros da atual administração sobre esses dois assuntos. O ministro do Desenvolvimento, Luiz Fernando Furlan, tem dito quase diariamente que a queda do dólar ameaça as importações. O líder do governo no Senado, Aluizio Mercadante, também tem repetido críticas à queda do dólar. O vice-presidente José Alencar, em cerimônia promovida pela Agência Estado na quarta-feira, voltou a fazer críticas aos juros altos. Na sua entrevista, José Dirceu claramente desqualificou essas opiniões: "Com todo o respeito a todos os que debatem, e é muito importante que apresentem as suas idéias, eu vou resumir isso de uma maneira, primeiro com uma ironia: palavras, palavras, palavras", disse Dirceu. "Depois, com uma afirmação, já que eu tenho certeza absoluta que é (o pensamento) do presidente da República: quem fala sobre política econômica, quem fala em nome do presidente da República e do governo, é o ministro Palocci. E ponto final." Resposta a Marco Aurélio José Dirceu também contestou a afirmação feita pelo presidente do Supremo Tribunal Federal, Marco Aurélio de Mello, segundo o qual é inconstitucional a fixação de um teto para a maior remuneração nos Estados, que não pode ultrapassar à percebida pelo governador. "A opinião do Supremo não é a do juiz Marco Aurélio, que hoje está na presidência do Supremo e que a deixará inclusive no mês que vem. É a opinião de um dos onze juízes que compõem o Supremo Tribunal Federal. Então, vamos aguardar. Nós temos razões suficientes para acreditarmos que a proposta é constitucional e que o Supremo a acatará como tal."

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