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Sob efeito da pandemia, CVC registra prejuízo de R$ 1,15 bi no 1º trimestre

Setor de turismo é um dos mais afetados pela crise causada pelo coronavírus

Foto do author Matheus Piovesana
Por Matheus Piovesana (Broadcast)
Atualização:

A CVC Corp, dona, entre outros, da operadora de viagens CVC, a maior do País, teve prejuízo líquido de R$ 1,151 bilhão no primeiro trimestre de 2020. O resultado reverteu lucro líquido de R$ 46 milhões observado no mesmo período de 2019. Devido à pandemia de covid-19 e a ajustes em demonstrações de exercícios anteriores, a companhia só publicou os resultados do primeiro trimestre na madrugada desta quinta-feira, 1º. O setor de turismo é um dos mais afetados pela crise causada pelo coronavírus, que ganhou força no País em março.

Agência da CVC, maior empresa de turismo Foto: Divulgação

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Os números da CVC foram fortemente afetados por despesas não recorrentes. A maior delas foi uma baixa no valor contábil de ativos oriundos da aquisição de empresas, especialmente na Argentina, no valor de R$ 637,5 milhões. 

Esse resultado tem relação com “a redução significativa nas operações da companhia e de suas controladas ao longo de 2020 e as incertezas acerca das perspectivas de retomada das atividades do setor de viagens e turismo”, afirmou a CVC no balanço.

Outros impactos vieram de uma reversão de créditos fiscais diferidos no valor de R$ 302,7 milhões, que podem ser utilizados no futuro. Houve ainda a constituição de uma provisão para devedores duvidosos de R$ 64,7 milhões, criada, segundo a CVC, para dar suporte a cancelamentos de viagens por parte dos clientes ou ao aumento da inadimplência causado pela crise econômica. Com perdas em créditos de passagens em companhias aéreas ou repatriação de passageiros em meio à pandemia, a CVC teve despesas de R$ 10 milhões.

A empresa afirmou que, excluindo esses efeitos não recorrentes, o resultado dos três primeiros meses do ano teria sido de prejuízo líquido aproximado de R$ 73 milhões.

No primeiro trimestre, a CVC teve receita líquida de R$ 289,6 milhões, queda de 35,9% em base anual. As reservas confirmadas para viagens caíram 31,1%, para R$ 3,277 bilhões, e as reservas totais, que incluem as confirmadas e as embarcadas, recuaram 23,9%, para R$ 3,744 bilhões.

“O desempenho da companhia nos meses de janeiro e fevereiro estava em linha com o cenário projetado para o ano, porém março chegou e com ele a enorme tempestade causada pela pandemia”, informou em comunicado. / COM REUTERS

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