Em meio à crise causada pela pandemia da covid-19, o governo argentino de Alberto Fernández decidiu fundir as companhias aéreas estatais Aerolíneas Argentinas e Austral. Em nota publicada em seu site, a Aerolíneas informou que o presidente da companhia, Pablo Ceriani, comunicou a decisão aos trabalhadores na manhã desta terça-feira, 5.
Segundo Ceriani, a crise mundial provocada pela covid-19 tem afetado "em cheio" o setor e não é possível saber quanto tempo durará essa situação. "Tudo indica que ainda haverá vários meses críticos pela frente, meses sem receita, nem operações regulares; o que significa um tremendo impacto para nosso setor e a economia em geral", diz no texto. Nesse quadro, ele previu que muitas companhias aéreas "na região e no mundo desaparecerão".
A Austral já fazia parte do grupo da Aerolíneas, mas a marca agora deve desaparecer e as operação, serem integradas. De acordo com a imprensa argentina, com a fusão, o governo pretende economizar US$ 100 milhões por ano.
Ceriani afirmou, ainda em nota, que a fusão permitirá um aumento de eficiência. A intenção é criar uma nova unidade de negócios para fazer manutenção de aeronaves para outras empresas, bem como criar uma unidade de negócios de carga e acabar com estruturas duplicadas nas organizações, diz o comunicado.
O processo de fusão deverá ser iniciado assim que houver reunião de acionistas para aprová-lo. A intenção do governo argentino é concluí-lo até o fim deste ano.