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Sobeet: fluxo de investimentos no Brasil deve crescer

Por Carolina Ruhman
Atualização:

O potencial de o Brasil receber investimentos aumenta ainda mais com o grau de investimento concedido hoje pela agência de classificação de risco Fitch Ratings, avaliou o presidente da Sociedade Brasileira de Estudos de Empresas Transnacionais e da Globalização Econômica (Sobeet), Luís Afonso Lima. "É um reforço na credibilidade do País", apontou, prevendo "fluxos maiores com tranqüilidade". Lima citou estudo elaborado pela Sobeet segundo o qual o Investimento Estrangeiro Direto (IED) cresceu, em média, 174% nos países que foram elevados ao grau de investimento no biênio posterior à elevação da nota em relação aos dois anos imediatamente anteriores ao grau de investimento. Nestes países consultados, nos dois anos anteriores ao grau de investimento o ritmo de crescimento do IED era de 45% na comparação com o biênio anterior. "A mensagem inequívoca é de que terá aumento no investimento na comparação com os anos anteriores", disse, e acrescentou: "Pela média dos outros países, pode ser um aumento maior do que 100%". Com relação ao câmbio, o presidente da Sobeet lembrou que as moedas dos países que foram elevados ao grau de investimento mantiveram a trajetória de apreciação que já era vista antes da elevação da nota. "Isso já está acontecendo", declarou. "A tendência de redução do saldo comercial deve perdurar nos próximos meses", previu, ressaltando que isto deve ser compensado pelos fluxos de capital entrando no País. Entretanto, a partir do momento que a deterioração da balança comercial não for mais sustentada por estes fluxos, a trajetória de queda do dólar deverá ser revertida, apontou. Para ele, esta mudança deve ocorrer já no ano que vem. Segundo o presidente da Sobeet, o segundo grau de investimento concedido ao Brasil "representa o reconhecimento dos grandes ajustes externos feitos pelo País nos últimos cinco anos". Para o presidente da Sobeet, o grau de investimento reforça a "perspectiva de estabilidade de longo prazo que não tínhamos". "Aumenta o horizonte para os investidores estrangeiros", afirmou.

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