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Sobeet projeta câmbio a R$ 3,15 e Selic a 14% em 2005

Por Agencia Estado
Atualização:

A Sociedade Brasileira de Estudos de Empresas Transnacionais e da Globalização(Sobeet) traçou hoje um cenário positivo da economia brasileira em 2005. Ao apostar numa Selic, a taxa básica de juros da economia, de 14% em 31 de dezembro de 2005 e em um câmbio de R$ 3,1500 na mesma data, com média entre R$ 3,05/R$ 3,10 no ano, o presidente da entidade, professor Antonio Corrêa de Lacerda projetou exportações na casa dos US$ 116 bilhões, importações de US$ 81 bilhões e saldo comercial de US$ 35 bilhões. Para o PIB, a estimativa da Sobeet em 2005 é de crescimento de 4,3%, com um Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 5,6%. O investimento direto estrangeiro deve subir para US$ 18 bilhões, contra os US$ 17 bilhões projetados para este ano. Lacerda acredita que o Banco Central terá de intervir de forma mais acentuada na taxa de câmbio, a não ser que o governo prefira cometer os mesmo equívocos do passado, que resultaram em forte desajuste das contas externas. "O ministro (Antonio) Palocci (da Fazenda) tem dito que não vai atuar no câmbio. Mas uma coisa é o que ele diz e outra é o que ele terá de fazer", afirmou o professor da PUC. Ele argumentou que do câmbio dependem a balança comercial, a decisão de investimentos locais e externos, o comportamento da indústria e o mercado de trabalho. Como mecanismo de intervenção, a Sobeet defende uma ampliação da meta de inflação em 2005 para algo entre 5,6% e 6% e uma intervenção mais agressiva do BC no mercado de dólar. De acordo com as estimativas da entidade, a Selic deve sofrer novas altas, fechando fevereiro em 18% e março em 18,25%. A partir daí, a expectativa é de queda mais acentuada, resultante sobretudo da ausência de pressões inflacionárias. Investimento estrangeiro Avanços nos marcos regulatórios, aprovação das Parcerias Público-Privadas, crescimento industrial da ordem de 5,5% e ampliação do setor de serviços devem garantir ingressos de investimento direto estrangeiro da ordem de US$ 18 bilhões em 2005, segundo projeções da Sobeet. O volume de IDE previsto não será muito superior ao projetado para este ano, de US$ 17 bilhões, mas deve garantir ao Brasil o segundo lugar em recepção de recursos entre os países emergentes, atrás apenas da China, cuja estimativa de IDE para 2005 é de US$ 55 bilhões.

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