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Socorro à Grécia traz alívio; Bolsa avança 1,93% e dólar cai mais

Por Claudia Violante
Atualização:

A confirmação do acordo da União Europeia para um novo plano de ajuda à Grécia com participação do FMI e do setor privado consolidou ontem à tarde o otimismo visto no início do dia. O pacote de ? 159 bilhões, incluindo empréstimos oficiais e contribuição do setor privado, prevê alongamento dos vencimentos e juros menores. As bolsas norte-americanas esticaram o sinal positivo e o euro acelerou a alta para US$ 1,44. Em Nova York, o Dow Jones subiu 1,21% e o S&P 500 avançou 1,35%, influenciados adicionalmente pela expectativa de um acordo político sobre o Orçamento dos EUA. As bolsas europeias fecharam antes, com ganhos, já antecipando um desfecho favorável à Grécia. Beneficiado pela volta do apetite ao risco, o Ibovespa subiu 1,93%, a maior valorização diária desde 1º de dezembro do ano passado, resgatando os 60 mil pontos perdidos há mais de uma semana. A alta foi generalizada, mas as vedetes foram as ações das construtoras, que dispararam entre 5% e 7%, recuperando as perdas recentes e reagindo à possibilidade de pausa do ciclo de alta de juros. O comunicado do Comitê de Política Monetária (Copom), divulgado na quarta-feira à noite pelo Banco Central, removeu a expressão "por um período suficientemente prolongado", levando o mercado a aumentar a aposta de pausa no processo de elevação da taxa Selic, que subiu para 12,50% ao ano. Os juros futuros curtos apresentaram ligeiro recuo ontem, enquanto as taxas longas avançaram influenciadas não apenas pelo comunicado, mas também pela melhora de humor externo. O dólar teve o terceiro dia de queda ante o real, retornando ao patamar de R$ 1,5550 (-0,32%), ajudado ainda por fluxo positivo.

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