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Sonda compra brasileira CTIS por R$ 400 mi

Por Nayara Fraga
Atualização:

A chilena Sonda, uma das principais empresas de serviços de Tecnologia da Informação da América Latina, anunciou ontem, a aquisição de 100% da brasileira CTIS Tecnologia por R$ 400 milhões. Essa foi a nona - e a mais cara - compra da companhia no País. A aquisição de maior peso, até então, havia sido a da Procwork por R$ 230 milhões, em 2007. Com a operação, o Brasil vira o mercado mais importante para a empresa, à frente do Chile. O País passa a responder por 47% da receita líquida consolidada da Sonda, que, em 2013, foi de US$ 1,3 bilhão. Em nota, o presidente da Sonda, Mario Pavón Robinson, afirmou que o negócio permitirá a incorporação "de uma excelente base de clientes com contratos de longo prazo".O segredo da CTIS, cujo faturamento foi de R$ 837 milhões em 2013, está no local onde ela nasceu: Brasília. O governo federal é o principal cliente dela, por isso, o Distrito Federal responde por quase metade da receita. "O governo tem demandado cada vez mais serviços de TI para automatizar seus sistemas, mas são poucas as empresas que tem acesso ao governo", diz Bruno Tasco, analista de mercado da consultoria Frost&Sullivan. Ele indica que essa, aliás, é uma área que grandes multinacionais evitam, dada a complexidade do processo de venda.A CTIS foi fundada em 1983 por Avaldir Oliveira, ex-chefe do departamento de tecnologia da Companhia Energética de Brasília. A empresa começou numa pequena sala de 27 metros quadrados, que ele dividia com o sócio. Aos poucos, a empresa conquistou clientes importantes e iniciou a expansão, começando por São Paulo. Hoje tem escritórios também no Rio de Janeiro, em Belo Horizonte e no Nordeste.Oliveira diz que vendeu a companhia que criou porque, para atingir um crescimento sustentável, era necessário um aporte. Dos R$ 400 milhões pagos pela Sonda, R$ 160 milhões serão destinados ao desenvolvimento de produtos da CTIS.

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