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Sondagens mostram indústria muito mais forte em abril

Pesquisas de instituições como Fiesp, Banco Real e FGV mostram aquecimento da produção no mês

Por Paula Puliti e da Agência Estado
Atualização:

A julgar pelas sondagens industriais, a produção industrial de abril deve superar com folga os números de março divulgados nesta terça-feira, 6, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), de 0,4% na margem.   Veja também: Produção industrial cresce 6,3% no 1º trimestre   O componente produção industrial do Índice dos Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) do Banco Real mostra que a atividade "continuou a se expandir em ritmo sólido em abril" e que a taxa de crescimento aumentou depois de ter atingido o seu ponto mais baixo em vinte meses em março. Passou de 54,1 pontos em março para 54,9 em abril.   Os empresários ouvidos pela pesquisa apontam que em abril cresceu o volume de novas encomendas, com as condições favoráveis do mercado interno induzindo uma demanda mais alta por produtos industrializados. A pesquisa ressalta, no entanto, que os novos pedidos do exterior caíram pelo terceiro mês consecutivo, por conta da valorização do real.   A Pesquisa Sensor, da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), mostra uma indústria paulista muito mais otimista em abril. O Sensor Geral subiu de 52,9 pontos em março para 57,5 em abril. O componente vendas aumentou de 54,0 para 58,7 e o sentimento em relação ao mercado melhorou de 52,6 para 58,4.   A Sondagem Conjuntural da Indústria de Transformação do Ibre-FGV também mostra melhora no índice de expectativas em abril, com a média móvel trimestral passando de 115,7 pontos em março para 116,1 pontos em abril. Entre as indústrias, 52% pretendem elevar a produção em abril. O Nível de Utilização da Capacidade Instalada (Nuci) repetiu o valor de março, em 85,2 pontos. "Trata-se de uma estabilização, mas em patamares bastante altos", disse o coordenador da pesquisa, Aloísio Campelo.   Em comentário, a Rosenberg e Associados destaca que março foi um mês que sofreu o efeito calendário, uma forte queda na atividade de refino de petróleo e produção de álcool e dificuldades no fluxo de matérias-primas importadas para consumo industrial, por conta da greve dos auditores da Receita Federal. Abril, ao contrário, terá um efeito calendário favorável que não pode ser desconsiderado.

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