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SP tem US$ 9,6 bi em novos imóveis

Por Patricia Cançado
Atualização:

A Grande São Paulo é o retrato mais fiel da corrida imobiliária iniciada no ano passado. A região recebeu o maior número de lançamentos desde 1990. Foram 564 empreendimentos anunciados. Só perdeu para o ano de 1986, quando foi lançado o Plano Cruzado, que criou a falsa sensação de aumento do poder aquisitivo dos brasileiros. Juntos, esses novos imóveis têm potencial para gerar US$ 9,6 bilhões em valor geral de venda - conhecido como VGV -, segundo dados preliminares do anuário da Empresa Brasileira de Estudos de Patrimônio (Embraesp), obtidos com exclusividade pelo Estado. É um dado impressionante. Equivale ao Produto Interno Bruto (PIB) de vários países da África e de alguns da América Central e do Sul. "É, sem dúvida nenhuma, o maior volume já visto em todos os anos", diz o diretor da Embraesp, Luiz Paulo Pompéia. A maior cidade do País foi o foco da maioria das construtoras e incorporadoras, embora algumas delas já tenham iniciado um movimento de diversificação geográfica. As empresas foram à Bolsa de Valores, se capitalizaram e colocaram na praça uma oferta de imóveis poucas vezes vista. Da noite para o dia, a cidade virou um grande e inesgotável canteiro de obras, a ponto de quase já não existirem bairros virgens em São Paulo. A competição entre as construtoras tornou-se selvagem. No afã de crescer rápido, muitas compraram terrenos caros e lançaram produtos errados, nos lugares errados e fora de hora. "A oferta cresceu muito rapidamente. Vai haver uma queda na velocidade de vendas em São Paulo. Para algumas empresas, ela já está caindo mais. Para outras, menos", afirma o analista da corretora Itaú, Tomás Awad. "Existe muita oferta no médio alto e no alto padrões. Esse era o único ?business? que existia, era o que as construtoras sabiam fazer historicamente." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo

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