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Standard & Poor´s explica risco Brasil

Por Agencia Estado
Atualização:

O risco Brasil, embora esteja em queda nas últimas semanas, ainda é um fator a inibir a entrada de investimentos externos no País. E só sofrerá uma queda significativa quando aprovadas as reformas estruturais. A explicação, que tem sido repetida com insistência por economistas, analistas e pelo próprio governo, partiu desta vez de Regina Nunes, presidente da Standard & Poor´s/Brasil, entrevistada no Programa Econômico, da TV Cultura. Sobre o critério de avaliação adotado pela S&P para fazer seu rating, ela explicou que sua empresa está sempre focada na capacidade de solvência de cada país. Ou seja, ele não pode necessitar de tantos recursos em moeda forte para saldar seus compromissos, o que pode representar num determinado momento a possibilidade de um calote. Ela disse que o Brasil já tem uma dívida em torno de 60% do PIB e, embora tenha reduzido sua necessidade de recursos de curto prazo, é preciso que melhore também o seu perfil. E advertiu sobre a importância de que as reformas, sobretudo a da Previdência, sejam capazes de melhorar de fato a estrutura fiscal, sem o que não haverá redução do risco Brasil. "No momento em que a reforma for vista como capaz de gerar uma melhor estrutura econômica, não havendo necessidade de capitais, automaticamente você viabiliza mais prazo (para o pagamento dos empréstimos) e menos taxa de juros." Câmbio e balança comercial A Standard & Poor´s também considera muito importantes, em suas avaliações, o câmbio estável e o superávit na balança comercial. Para Regina Nunes, o Brasil tem uma exposição muito forte em moeda estrangeira e ainda exporta pouco. "O Brasil ainda é uma grande importador de capitais e o mercado internacional tem de ter uma visão do que está acontecendo aqui para poder apostar no Brasil."

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