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Stephanes: alimento não vai pressionar inflação em 2008

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O ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, afirmou hoje que os alimentos não vão pressionar a taxa de inflação de 2008, porque a oferta de grãos neste ano será maior que a do ano passado. De acordo com a Fundação Getúlio Vargas (FGV), em 2007 os preços dos produtos agropecuários responderam por 40% da inflação medida pelo Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna (IGP-DI), que subiu 7,89%, ante alta de 3,79% em 2006. Stephanes admitiu, no entanto, que podem ocorrer altas pontuais em preços de alguns alimentos "por pressões externas de demanda", principalmente no caso do milho, cuja alta superou 50% em 2007. Já em relação ao feijão, que apresentou aumentos de até 200% em 2007, a situação deve ser mais tranqüila, com a expansão da oferta do produto. Mesmo assim, de acordo com o ministro, se houver uma pressão de demanda ou uma queda em uma das três safras anuais, a importação de feijão será difícil, já que a as variedades mais consumidas pelo brasileiro, exceto o feijão preto, são cultivadas em larga escala apenas no País. "O governo procura estar atento a essas variações de demanda para evitar sustos com inflação nos próximos anos", afirmou o ministro durante a apresentação das projeções do agronegócio até 2018, em Brasília. O ministro admitiu ainda que há, no entanto, uma alta expressiva no preço mundial dos alimentos, fruto do aumento da demanda, principalmente pelo uso de grãos na produção de energia e pelo aumento do consumo em países em desenvolvimento. "Isso criou um novo patamar de preços agrícolas", disse.

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