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Stephanes: não há risco de faltar carne no Brasil

Por Fabiola Salvador
Atualização:

O ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, afirmou hoje que a reabertura do mercado russo para a carne produzida em oito Estados brasileiros não representa risco de desabastecimento interno. "Não faltará produto. Nós temos condições de abastecer os mercados interno e externo", comentou. Os embarques serão retomados a partir do dia 1º de dezembro. As exportações totais de carnes do Brasil devem render US$ 12 bilhões em 2008, vendas que cresceram, na média, 20% nos últimos seis anos, informou Stephanes. Os embarques de produtos agrícolas cresceram, também na média, 16% nesse período, ou seja, as exportações de carnes estão aquecidas. Em relação ao preço da carne no mercado interno, ele disse que as cotações são ditadas pelo cenário externo, onde a demanda é aquecida por carnes, leite e derivados e também por grãos. "O mundo está crescendo e consumindo mais", afirmou. Para ele, os reflexos desse cenário no Brasil são positivos, pois será gerada mais renda e também desenvolvimento. O ministro aproveitou a entrevista para, segundo ele, contar "um segredo". "É preciso desmistificar algumas coisas. Quando eu assumi, falava-se que faltavam recursos e que falta pessoal", afirmou. "Não faltará recurso. Enquanto houver projetos, não faltará recurso", disse o ministro. Ao anunciar o fim do embargo, o ministro disse que é preciso "respeitar as exigências dos mercados" e lembrou que havia muita discussão sobre as imposições que a Rússia fazia para importação do produto brasileira. "Precisamos cumprir o que a Rússia exige", disse. Ele não quis comentar, no entanto, se houve má gestão dos ministros que o antecederam. Stephanes contou que o secretário de Defesa Agropecuária do ministério, Inácio Kroetz, viajará para a Rússia nos próximos dias para tentar fechar um acordo sanitário entre os dois países. Antes, Kroetz estará na China. O ministro disse que o acordo sanitário "não mudará nada" nas relações comerciais entre os dois países porque o relacionamento entre os técnicos dos dois governos é muito bom. "Hoje eles se falam por telefone", afirmou.

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