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STJ limita greve de funcionários do IBGE

Por Idiana Tomazelli
Atualização:

RIO - O Supremo Tribunal de Justiça (STJ) determinou em liminar que pelo menos 70% dos servidores do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) trabalhem durante a greve do órgão, que já dura 12 dias. Caso não cumpram a decisão, o STJ irá aplicar multa diária de R$ 100 mil ao Sindicato Nacional dos Trabalhadores em Fundações Públicas Federais de Geografia e Estatísticas. Apesar de a liminar praticamente inviabilizar a paralisação, o sindicato garantiu que os funcionários grevistas não vão se desmobilizar. A entidade pretende recorrer da decisão. Os servidores do IBGE deflagraram a greve em 26 de maio, reivindicando a saída imediata da presidente do instituto, Wasmália Bivar, e de todos os membros do Conselho Diretor, além da realização de concurso público para preenchimento de mais de quatro mil vagas, e valorização salarial ao mesmo patamar de órgãos como o Banco Central (BC) e a Comissão de Valores Mobiliários (CVM). No despacho, a ministra do STJ Assusete Magalhães determinou que o grupo em greve "se abstenha de impedir a entrada, nos prédios da autarquia, de servidores não aderentes ao movimento, bem como de terceirizados que neles prestem serviços e particulares em geral". A decisão foi tomada no fim da tarde de quarta-feira, atendendo pedido do IBGE e da Procuradoria-Geral Federal, protocolado em 28 de maio. O objetivo, segundo o instituto, era assegurar a manutenção das "atividades essenciais geocientíficas e estatísticas, indispensáveis ao atendimento da sociedade". Liminar. O sindicato foi notificado judicialmente na tarde de ontem. "Mesmo após sermos notificados, novas unidades decidiram aderir à greve", afirmou a diretora da Executiva Nacional do sindicato, Ana Magni. O sindicato informou que 24 das 32 unidades do órgão aderiram à paralisação (cerca de 70% dos 5,7 mil funcionários), e outras duas devem engrossar o contingente na semana que vem. O IBGE apontava 22% dos funcionários parados em 18 núcleos estaduais até terça, data da última atualização. O sindicato contesta a versão, alegando que não haveria então motivos para o IBGE recorrer à Justiça.

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