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Subsídio a combustível de aviação é analisado

Por Alberto Komatsu
Atualização:

Está em discussão no governo a possibilidade de ampliar o intervalo de tempo para o reajuste do querosene de aviação (QAV), atualmente determinado por contrato, mensalmente. A informação é do diretor da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Ronaldo Serôa da Motta. Esta é uma reivindicação do Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias (Snea) encaminhada ao Ministério da Defesa em meados de julho. "Eles querem um tipo de subsídio semelhante ao que a Petrobrás dá para o GLP, o gás de cozinha", disse o diretor. A mudança valeria para o combustível de aviação usado apenas no tráfego aéreo doméstico. O GLP dos botijões de 13 quilos não é reajustado desde 2002. No entanto, botijões com volumes maiores já tiveram pelo menos três reajustes. O Snea alega que o ministro Nelson Jobim teria se comprometido "a fazer gestões" junto à Petrobrás para discutir uma eventual alteração no cálculo do QAV. De acordo com Motta, foi pedido um documento ao Snea que mostre a defasagem entre o preço do QAV no País e no mercado internacional. O diretor enfatiza que a agência atua apenas como órgão técnico e não tem maior ingerência nessa reivindicação. "Não temos mecanismos legais para fazer", disse. O QAV acumula alta de 36,38% no ano, sendo que em 2007 o combustível teve alta de 12,6%. Segundo o Snea, o querosene respondia, em média, por até 35% dos custos de uma empresa aérea no ano passado. Atualmente, essa parcela subiu para 45%.

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