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Subversão econômica será votada hoje na Argentina

Por Agencia Estado
Atualização:

A Câmara dos Deputados da Argentina votará hoje o projeto que prevê mudanças na Lei de Subversão Econômica, durante sessão marcada para às 11 horas. A União Cívica Radical (UCR) decidiu apoiar a iniciativa após as ameaças feitas pelo presidente Eduardo Duhalde de apresentar sua renúncia se não houver um avanço na tramitação das leis pendentes. Porém, os deputados não ratificarão a votação do Senado que revogou a lei mas apresentarão modificações que atendam às exigências do FMI. O Congresso também concordou em ratificar o decreto presidencial que dará imunidade à diretoria do Banco Central, atendendo ao pedido do presidente da instituição, Mario Blejer. O presidente teve de apelar para as ameaças para conseguir apoio do Congresso e ainda reduzir a pressão dos governadores para que estes assinem os acordos bilaterais que os obrigam a cumprir o pacto fiscal de redução do déficit. Duhalde se reunirá com os governadores na próxima segunda-feira e exigirá o cumprimento dos 14 pontos dos compromissos de governo, caso contrário, deixará o governo sob o argumento de que assim "não se pode governar". Mercado está mais tranquilo Os operadores prevêem um dia mais tranquilo para o mercado de câmbio, sem a necessidade de uma intervenção mais agressiva do Banco Central para controlar a moeda, já que Mario Blejer foi confirmado na presidência do Banco Central, no final da tarde de ontem. Blejer continuará no cargo, pelo menos, até que saia o acordo do governo argentino com o Fundo Monetário Internacional, previsto para, no máximo o último dia do mês de junho, como adiantou o ministro de Economia, Roberto Lavagna, em Washington. Eduardo Duhalde pediu ao presidente do BC um "esforço patriótico" e que o acompanhe nas próximas semanas de decisão sobre a saída do "corralito" e de espera do acordo com o FMI. Para Duhalde, o afastamento de Blejer poderia colocar em risco as chances de fechar o acordo com o organismo internacional. Para Blejer, sua demissão implicaria em deixar o sistema financeiro à deriva e o FMI sem um interlocutor de peso. Valeu mais a razão da necessidade imposta pela crise e Mario Blejer continuará trabalhando com o ministro de Economia, Roberto Lavagna, na solução dos depósitos confiscados. Leia o especial

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