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Suez: Eletrobrás tem 'poder de escolha' no Madeira

Por Alaor Barbosa
Atualização:

O presidente do Grupo Suez no Brasil, Maurício Bahr, está preocupado com o que ele define como "o poder de escolha" que o grupo Eletrobrás adquiriu na disputa do leilão da usina hidrelétrica Santo Antônio no Rio Madeira, em Rondônia. Em reunião hoje, na Câmara de Comércio França-Brasil, Bahr perguntou ao diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Jerson Kelman, como a entidade reguladora vai garantir a competitividade no leilão. "As quatro subsidiárias da Eletrobrás (Furnas, Chesf, Eletronorte e Eletrosul) fizeram acordos com agentes privados de forma separada. Eu gostaria de saber como a Eletrobrás vai tratar sem que isso indique que houve uma escolha prévia do vencedor?", questionou Bahr. Kelman defendeu que a holding estatal de energia elétrica divulgue previamente e de forma transparente quais os critérios que o grupo vai adotar para disputar o leilão. Ele não sabe, porém, quando e se a Eletrobrás vai adotar esse procedimento. Na sua avaliação, alguns critérios fundamentais como a taxa interna de retorno (TIR) devem ser os mesmos para todas as empresas ou então as diferenças terão de ser explicitadas. Kelman não quis prever a data efetiva do leilão da hidrelétrica do Rio Madeira. "Cabe à Aneel apenas divulgar os critérios para o leilão. Isso tem que ser feito até 30 dias antes da licitação. As linhas básicas, porém, são definidas pelo Ministério de Minas e Energia", explicou.

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