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Sul América discorda de Soros sobre Brasil

Por Agencia Estado
Atualização:

O economista-chefe do Banco Sul América de Investimentos, Luiz Carlos Costa Rego, foi mais brando, mas não deixou de tecer críticas às declarações feitas hoje pelo investidor George Soros com relação ao Brasil. O investidor disse em uma palestra na London School of Economics para um grupo de 400 alunos que o Brasil tem 50% de chances de ser obrigado a reorganizar sua dívida e adotar, com isso, controle de capitais. "Não concordo com nada das declarações deste cidadão", disse o economista. De acordo com Costa Rego, é preciso que se deixe muito claro que a origem da "crise" brasileira não está nos fundamentos econômicos e sim na variável política. "Essa crise começou entre março e abril, quando o JP Morgan recomendou aos investidores que reduzissem a exposição no Brasil. Dali em diante, aproveitando que o PT ainda mantinha o discurso de rompimento com o FMI, outros bancos também começaram a fazer o mesmo", disse o economista, lembrando que com isso o dólar disparou e levou junto a relação dívida/PIB. Mas segundo Costa Rego, depois de retirada a componente política o dólar deverá voltar para cerca de R$ 3,00 e a relação dívida/PIB também recuará. Costa Rego diz concordar com o deputado federal, Delfim Neto, que classificou George Soros de "desinformado", porque os fundamentos estão todos firmes. "A política fiscal está aí, o câmbio está flutuante e o setor externo está reagindo. É só a taxa de câmbio que não está cooperando.

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