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Sul-coreanos mudam de tática e fazem protesto pacífico contra OMC

Durante a marcha, que transcorreu entre o parque de Vitória e o centro de convenções onde se reúnem os ministros do Comércio de 149 países, os manifestantes caminharam em silêncio. Saiba mais sobre a reunião da OMC Veja as imagens

Por Agencia Estado
Atualização:

Ativistas sul-coreanos, considerados os mais violentos do movimento antiglobalização, encenaram hoje um protesto pacífico, de caráter quase religioso, contra a Organização Mundial do Comércio (OMC). Os manifestantes, agricultores sul-coreanos em sua maioria, percorreram mais de um quilômetro e meio, ajoelhando-se a cada três passos, segundo o costume budista, para simbolizar seu "respeito" e sua "humildade" frente ao comércio global. Durante a marcha, que transcorreu entre o parque de Vitória e o centro de convenções onde se reúnem os ministros do Comércio de 149 países, os manifestantes caminharam em silêncio. Um silêncio que em alguns momentos se alternava com os ruídos dos atabaques, os cantos e os gritos de "Não à OMC", "Não aos tratados de livre comércio" e "Não a George W. Bush". Os manifestantes, cerca de 2 mil, segundo fontes da organização, empunhavam as bandeiras azuis da Liga de Agricultores Coreanos e usavam luvas brancas pintadas de vermelho, simbolizando sangue. Os agricultores, muitos dos quais caminhavam descalços, levavam as fotografias dos camponeses que se suicidaram nos últimos anos como símbolo de protesto contra os efeitos da OMC na agricultura coreana, e que dizia "a OMC mata granjeiros". A manifestação foi acompanhada por muitos ativistas de países da América Latina, que disseram "querer compartilhar as aspirações do povo coreano". Quando chegaram às imediações do centro de convenções, foram recebidos por um número contingente de policiais antidistúrbios. No entanto, hoje não houve confrontos violentos com a Polícia, como fizeram nos últimos dois dias. Segurança A Polícia de Hong Kong acionou 9 mil policiais para garantir a segurança em torno da conferência, mas está utilizando a tática de situar mulheres da Polícia nas primeiras filas de contenção. Na manhã de hoje, outros 300 manifestantes de Filipinas, Indonésia, Vietnã e Camboja protestaram no bairro de Wanchai contra a assinatura de um acordo que consideram que acaba com seus setores pesqueiros. A Polícia de Hong Kong afirma que, de acordo com seus relatórios de inteligência, as ações violentas aumentarão até o próximo domingo, data de encerramento da conferência.

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