
16 de abril de 2019 | 10h36
O presidente da Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc), Luiz Antônio França, afirmou que os recursos destinados à Previdência Social no ano passado, de R$ 279 bilhões, poderiam zerar o déficit habitacional brasileiro em oito meses.
Durante Summit Imobiliário Brasil 2019, promovido pelo jornal O Estado de São Paulo, em parceria com o Secovi-SP, na manhã desta terça-feira, 16, em São Paulo, França comparou ainda a Previdência com outros segmentos, ressaltando os benefícios que esse investimento traria para as áreas da educação e saúde.
"A reforma da Previdência tem de ser feita. É importante e foi necessária em outros países do mundo. No Brasil, essa questão tem de ser enfrentada. A reforma deve sair com economia de R$ 1 trilhão", disse ele, durante evento do setor imobiliário.
Segundo França, a atual situação da Previdência não se resume em um "problema", mas reflete um fato que aconteceu em outros países. "Felizmente, as pessoas estão vivendo mais, o que é muito bom para o País. Temos de pagar por mais tempo porque a Previdência vai contribuir mais tempo para as pessoas", destacou ele.
O presidente da Abrainc se queixou ainda do elevado montante gasto com burocracias no setor imobiliário, o que afeta diretamente os consumidores brasileiros. De acordo com ele, o segmento desembolsa cerca de R$ 8 bilhões por ano com burocracia e essa cifra precisa ser reduzida.
Por fim, França defendeu melhorias na lei de zoneamento. Ele criticou o movimento de alguns empreendedores que têm deixado a cidade de São Paulo e priorizando cidades periféricas. "São Paulo não merece isso. São Paulo merece investimento da nossa parte, que gere empregos e tributos", concluiu o presidente da Abrainc.
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